Acusado de matar a marretadas é condenado a 17 anos de prisão
Carlos Barboza Sampaio foi julgado e condenado a 17 anos de prisão em regime fechado nesta quinta-feira (14). Ele é acusado de assassinar o entregador Eder Batista da Silva, de 28 anos, em 1 de fevereiro de 2017.
O julgamento começou por volta de 9h30 e terminou aproximadamente 22h. Ele foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Entenda
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Carlos e Maicon Panatto Sampaio praticaram o crime entre 11h e 13h44 na rua José Martins, na Vila D’Itália, zona Oeste de Marília. Maicon, que é sobrinho de Carlos, teria ajudado no delito, prestando auxílio moral e material ao executor.
Carlos seria devedor da vítima, que teria cobrado dele, motivo pelo qual houve uma discussão e o acusado decidiu matar o entregador, solicitando auxílio de Maicon.
Os dois acusados teriam ido para uma casa desabitada, construída por Carlos e de lá, Maicon ligou para o local de trabalho de Eder e pediu a entrega de um marmitex.
Quando a vítima chegou, Maicon solicitou que ele entrasse no imóvel e deixasse o marmitex no balcão. Carlos aguardava o entregador escondido atrás do portão em posse de uma marreta.
Assim que a vítima entrou, foi surpreendida com várias marretadas na cabeça. Na sequência, a dupla teria colocado o corpo junto com seus pertences no carro de Carlos.
Maicon foi quem levou a moto do entregador até a rua Doutor João de Abreu Sampaio Vidal e a abandonou em frente a um terreno baldio com as chaves no contato.
Em seguida eles levaram o corpo até o distrito de Jafa (aproximadamente 27 quilômetros de Marília), onde ocultaram o cadáver em uma vala.
Na volta para Marília, Maicon dispensou os pertences de Eder e o celular dele na estrada vicinal Ribeirão das Graças a pedido de Carlos.
Maicon foi preso no dia do crime pela Delegacia de Investigações Especiais (DIG), confessou a participação, indicou onde estava o corpo e também que tinha sido seu tio quem cometeu o assassinato.
Carlos ficou foragido por mais de um ano após o crime. Ele foi preso em 6 de junho de 2018, em Barão de Lucena, distrito de Nova Esperança, no Paraná.
Em junho deste ano Maicon foi julgado e condenado a 15 anos de prisão, por participar do assassinato. Ele havia sido denunciado por homicídio qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.