Acrobata mariliense morre em cachoeira na Itália
O mariliense Artur Cacciolari, de 20 anos, morreu na Itália na última quarta-feira (30) após pular de uma cachoeira com aproximadamente 15 metros de altura enquanto gravava uma acrobacia para seu currículo.
O jovem, de acordo com a BBC Brasil, era considerado uma promessa da acrobacia mundial e enviaria o vídeo que estava sendo feito por um amigo para a seleção internacional da companhia circense Dragone.
O acidente aconteceu na cachoeira Goja del Pis, localizada na cidade italiana de Almese, perto de Turim. Ao perceber que Artur passava por dificuldades, o cinegrafista pula na água para tentar ajudá-lo, mas não tem sucesso.
O jovem foi levado pela correnteza e três horas depois os bombeiros recuperaram seu corpo. Artur teria batido a cabeça em pedras durante o arriscado salto. Ele já teria feito o salto outras vezes no mesmo local, mas chuvas recentes teriam mexido com o fundo do lago.
Artur trabalhava há dois anos na companhia circense Sonics, em Turim, cujo responsável, Alessandro Pietrolini, foi entrevistado pela pela BBC.
De acordo com ele, o jovem “teria ignorado os avisos de máxima prudência feitos pelas autoridades após as fortes chuvas que tinham atingido a região horas antes”, diz a reportagem da rede britânica.
“Cacciolari tinha um talento extremo. Era impossível ensiná-lo algo, ele já sabia tudo. Era simplesmente brilhante no que fazia”, disse Pietrolini.
“A solicitação feita pelo casting aos concorrentes era a de um salto em piscina, realizado de uma altura de 5 metros. Ele poderia participar de qualquer seleção internacional sem precisar se arriscar. Mas esta era a sua personalidade, ele não se contentava”, afirmou o responsável pela Sonics.
A BBC conta que Artur se formou na Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, e estava há três anos na Itália. Seu contrato de trabalho com a Sonics estaria se encerrando e o jovem procurava outras experiências profissionais.
O diretor da companhia lamenta e diz que “além da capacidade artística e criativa, Artur era uma pessoa alegre, sorridente e, no bom sentido, até um pouco louco. Ele achava que não tinha limites e fez algo que não deveria ter feito”.
A BBC também entrevistou outro brasileiro que trabalhava com a vítima, Vitor Dias. “Infelizmente, ele não levou em conta as condições do local. O problema não era pular daquela cachoeira, mas pular naquelas condições, porque tinha chovido muito”, disse o colega.
A família de Artur estaria indo para a Europa. Com informações da BBC Brasil.