Acim propõe medidas para flexibilização da quarentena
O prefeito Daniel Alonso (PSDB) participou nesta segunda-feira (18) de uma videoconferência com empresários para discutir meios e fórmulas de relaxamento da quarentena imposta por decreto estadual.
A reunião foi realizada na sede da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), junto com o presidente da entidade, Adriano Luiz Martins, e o chefe do Poder Legislativo, vereador Marcos Rezende (PSD).
“Conversamos sobre os problemas, sobre o que pode ser feito e os riscos que corremos”, disse Adriano Luiz Martins em tom de preocupação com a crise estabelecida em por causa da paralisação do comércio e serviços não essenciais.
“Discutimos o que algumas cidades estão fazendo e comparamos com a nossa situação”, falou ao marcar para a próxima quinta-feira (21), às 9h, novo encontro a ser realizado sobre o mesmo assunto.
O prefeito Daniel Alonso explicou as complicações jurídicas de abertura do comércio em Marília e mostrou as várias tentativas de se conseguir por meio do Palácio dos Bandeirantes e da Justiça o relaxamento desejado pelos comerciantes em geral.
“A nossa situação em Marília é diferenciada dos demais municípios, em razão de uma liminar na Justiça que me obriga a atender o decreto estadual [sob pena de multa diária de R$ 100 mil], bem como outros índices da pandemia”, disse o chefe do Executivo ao lembrar que o uso de leitos exclusivos para o atendimento à Covid-19 está muito abaixo da capacidade existente no município.
“Nosso único problema está no índice de isolamento da cidade que é discutível”, explicou ao mostrar-se preocupado e ao mesmo tempo sem alternativas de mudanças em curto espaço de tempo.
Entretanto, Marília também precisa frear o número de casos confirmados, o que não vem acontecendo.
“O governador Doria é irredutível”, disse por diversas vezes, mesmo fazendo parte do comitê municipalista criado pelo Governo Estadual.
Proposta
A proposta dos comerciantes a ser oficializada pela Acim é fazer com que as lojas da cidade abram em dois períodos: das 9h às 13h30 e das 13h30 às 18h.
“Isso para que não tenhamos aglomerações nos transportes públicos”, justificou Adriano Luiz Martins que ouviu os comerciantes e os depoimentos de cada um sobre as dificuldades que estão vivendo, assim como a preocupação com o futuro.
“Mais 15 dias fechados será o caos total”, prevê o dirigente. Dois segmentos comerciais seriam criados e distribuídos nos dois horários alternativos.
“Além disso, tomaríamos as preocupações com o fluxo de pessoas, higienização e até reorganização das lojas para que os caixas fiquem perto das portas com segurança e rapidez no atendimento, temporariamente”, disse ao apresentar a proposta.
“Aos sábados o atendimento seria em sistema de rodízio entre os grupos, das 9h às 12h”, acrescentou.