PIB de Marília aumenta em mais de R$ 600 mi
O PIB de Marília aumentou mais de R$ 600 milhões entre 2013 e 2014, de acordo com pesquisa da Fundação Seade, divulgada recentemente. O número saltou de R$ 6,4 bilhões para R$ 7 bilhões.
PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período. Serve para mensurar a atividade econômica de determinado local. 2014 é o ano com último resultado consolidado em Marília.
Mais especificamente, o PIB do município saltou de aproximadamente R$ 6.432.238.000,00 para R$ 7.041.950.000,00 entre um ano e outro. No período, o PIB per capita (dividido pela quantidade de habitantes) também subiu de R$ 29.055 para R$ 31.578.
Em 2014 os mais expressivos foram o PIB da Indústria com R$ 1 bilhão e da agropecuária de R$ 51 milhões. Os impostos computaram R$ 771 milhões.
Dentro de sua regional, em 2014 Marília representou 26,8% do PIB de sua RA (Região Administrativa), que engloba 51 municípios.
Em 2002, doze anos antes, quando os primeiros dados da pesquisa estão disponíveis, a participação era de 22,6%.
Já na participação do PIB estadual, Marília representa 0,4%, assim como representava o mesmo percentual em 2002. Naquele ano, vale citar, o PIB – sem valores corrigidos – do município foi de R$ 1,8 bilhão e o PIB per capita de R$ 5,3 mil.
Regional
Marília, Ourinhos, Assis, Tupã e Santa Cruz do Rio Pardo participaram do PIB da região com 55,5%, em 2002, e 59,9%, em 2014.
Juntos, os municípios de Pompéia, Paraguaçu Paulista, Bastos, Cândido Mota, Garça, Maracaí, Palmital, Tarumã, Ipaussu e Quatá participaram com 29,6%, em 2002, e 25,4%, em 2014. No mesmo período, os demais municípios mantiveram participação em torno de 15,0% no PIB da região.
A produção sucroalcooleira é uma das principais atividades econômicas da RA de Marília, que possui usinas nos municípios de Borá, Canitar, Ibirarema, Ipaussu, Maracaí, Ourinhos, Paraguaçu Paulista, Platina, Quatá, Queiroz e Tarumã.
Em Ourinhos, a maior produtora global de açúcar e álcool de cana implantou um terminal receptor de etanol e um centro de distribuição de combustíveis, para atender a toda a região Sul, pelo modal rodoferroviário.
Uma usina sucroalcooleira, que atua em Quatá, também fabrica leveduras a partir da cana-de-açúcar, ingredientes utilizados na alimentação humana e nutrição animal, em ampliação.
A RA é uma importante produtora de leite tipo B e de carne bovina, cultivando também soja, milho, amendoim e frutas cítricas.
Bastos tem o maior plantel de aves de postura e é o maior produtor de ovos de galinha do Brasil.
A sede regional, Marília, é conhecida como uma das maiores produtoras de biscoitos do país, além de abrigar grandes plantas industriais de balas, gomas e salgadinhos e complexos fabris de refrigerantes, além da instalação de fábrica de lâmpadas LED.
Outro destaque é a crescente produção, em Palmital, de alguns derivados de mandioca e milho, como o amido, para a indústria de alimentos e outras, e os xaropes de glucose e de maltose, respectivamente para doces e cervejas.
O ramo de produtos de metal também sobressai na economia da região, já que a cidade de Marília é uma das líderes nacionais na fabricação de portas e janelas de aço e alumínio.
Pompéia é um dos mais importantes polos de produção de implementos agrícolas do Brasil. Santa Cruz do Rio Pardo, por sua vez, concentra grande número de fabricantes de calçados e outros artefatos de couro, sendo a sede de um dos Arranjos Produtivos Locais do Estado.
Subestações elétricas vêm sendo construídas por concessionárias em diversos municípios da região, para minimizar a possibilidade de interrupção no abastecimento de energia.
Todos esses fatores foram apontados pela Fundação Seade no Estudo sobre o PIB regional.