Pombos “emporcalham” rodoviária de Marília
Um antigo problema persiste na rodoviária de Marília, onde circulam milhares de pessoas por semana: as pombas empoleiradas na estrutura metálica e a sujeira que elas fazem pelo local. Quem aguarda o embarque e desembarque, muitas vezes acaba atingido pelas fezes das aves, que se espalham por todo lado.
A sujeira pode ser vista no chão, nas cadeiras de espera e nos vidros que separam a área de livre circulação do espaço onde os ônibus estacionam.
“Há muitos anos convivemos com isso e não tem quem arrume uma solução. É complicado principalmente para nós que trabalhamos por aqui, pois dizem que as fezes de pomba passam doença”, preocupa-se uma mulher que trabalha na rodoviária, mas não quis se identificar.
Para a estudante Sthella Márcia Rodrigues, 25 anos, que quase toda semana precisa utilizar a rodoviária para viajar, a situação é desagradável.
“É nojento você estar em um lugar todo sujo. No mínimo desconfortável. Algo tem que ser feito para acabar com isso. Quem sabe colocar uma tela, ou apelar para a tecnologia”, afirma a jovem.
Para se abrigar do “bombardeio” das pombas, existe a possibilidade de que os passageiros – ou quem os aguarda – esperem na sala de embarque, na área central da construção “futurística”.
No entanto, se o cidadão precisar usar o banheiro, pode se deparar com outro problema. A reportagem do Marília Notícia esteve no local na manhã de terça-feira (23) por volta das 8h e a situação não era nada boa.
Forte cheiro de urina e bastante sujeira, sem condições mínimas de higiene, além dos sinais de vandalismo comum a quase todas as rodoviárias no país – pichações e mensagens de baixo nível.
Outra coisa que incomoda os viajantes e quem trabalha na rodoviária é o assédio de moradores de rua que vivem na região. “Ficam pedindo dinheiro, nos sentimos inseguros e extorquidos. Fora a sujeira que deixam espalhada”, afirma um funcionário.
Outro lado
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura, e a resposta foi de que “a Emdurb (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília) informou que tem conhecimento do problema e já estuda solução para resolver os transtornos causados pelos pombos”.