Possível aumento em plano de saúde gera polêmica
Representantes da Prefeitura de Marília prometeram em reunião ontem (27) com os vereadores da cidade, que não haverá aumento nos descontos de salários dos servidores municipais, por conta do plano de saúde dos trabalhadores que o Executivo contratará de forma emergencial.
As “garantias” foram dadas para sete parlamentares que deixaram parte da sessão da Câmara para conversar com enviados do prefeito Daniel Alonso (PSDB). Entre os representantes de Alonso estava o procurador Jurídico do município, Alysson Souza e Silva.
O Marília Notícia apurou que circula a informação entre os funcionários públicos municipais, de que haveria um aumento de 17,5% sobre o novo plano de saúde. Esse aumento ‘comeria’ parte de seus salários.
A especulação apareceu inclusive na utilização da tribuna durante a sessão ordinária.
Uma servidora que optou pelo plano que tem parte custeada pelo município, disse ao MN que hoje são descontados R$ 223,87 do seu salário de R$ 1.978,29.
Um reajuste como o que vem sendo aventado significaria quase R$ 40 a menos no já apertado orçamento familiar.
Vereadores da base aliada que participaram da reunião com representantes do Executivo durante o pequeno expediente da sessão da Câmara, disseram que a promessa é de manter os valores praticados e sem redução no serviço.
Ou seja, fica tudo como está durante os próximos seis meses após a assinatura do contrato emergencial, que é esperado para as próximas semanas. Após esse prazo, uma nova licitação deverá ser feita – e nova discussão no mesmo sentido deve vir à tona.
Procurado pelo MN, o secretário da Fazenda Levi Gomes disse que não conhecia os termos do acordo, pois não participou da conversa com os vereadores. A reportagem solicitou o posicionamento oficial da assessoria de imprensa do município, mas até o fechamento desta matéria a resposta não havia sido enviada.
Entenda
A contratação emergencial já foi autorizada pela Câmara em sessão há mais de um mês. Projeto de lei para cancelar o contrato entre a Unimed e Associação dos Servidores Públicos Municipais de Marília, foi enviado também para a Câmara após determinação da corregedora geral do município, Valquíria Galo Febrônio Alves.
Sindicância instaurada em julho de 2014 identificou diversas irregularidades, como ausência de descontos nos proventos de alguns aposentados, pensionistas e dependentes, e a existência de beneficiários falecidos que permaneceram no convênio.
Após ser aprovada a contratação emergencial de plano de Saúde, era esperado que a lei seguisse para sanção do prefeito. No entanto, Alonso surpreendeu ao vetar um artigo inserido via emenda da Professora Daniela.
O artigo determinava justamente aquilo que foi “prometido” aos vereadores: o congelamento dos valores cobrados.
Apesar de toda a polêmica, a Unimed deverá ser contratada novamente, com novas cláusulas.