Captação na represa Cascata será desativada
A captação de água superficial na represa Cascata será desativada, de acordo com o que disse o presidente do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília), José Carlos de Souza Bastos, o Beca, ao Marília Notícia.
“Seis meses ou um ano”, diz o chefe da autarquia sobre o tempo para o fim da captação. Um dos motivos envolve o aumento da circulação da população no local, após a abertura da avenida Cascata. A consequência direta é a escalada de lixo nas margens.
A pesca, que é proibida mas mesmo assim praticada, e lazer na região contribuem para o problema.
O MN denunciou a situação no começo do mês. Três meses após uma ação da sociedade civil organizada que retirou cerca de 2.500 litros de lixo da represa, o local já estava cheio de descarte irregular novamente [leia aqui].
Poluição
Um relatório da Cetesb de 2015 apontou a presença de algas que seriam tóxicas. De acordo com Beca, em pequenas quantidades essa presença indesejada não representa grande perigo.
No entanto, o aumento da poluição no local pode propiciar a proliferação. Segundo o presidente do Daem, “a Cetesb já recomendou” que a captação de água fosse feita em outras fontes.
Alternativa
O local deverá ser transformado em um parque pela administração municipal, com ampla área verde e o projeto já está na Secretaria de Planejamento. A captação de água nas proximidades ficaria a cargo do poço profundo perfurado nas margens da represa.
A diferença é que a água é captada diretamente do aquífero guarani em uma profundidade de aproximadamente 1 mil metros abaixo da terra. São até 350 mil litros de água por hora.
“Hoje a captação na represa Cascata é de 200 mil litro por hora, mas contamos com o poço ali do lado e com a possibilidade de abertura de outros”, comenta Beca. De acordo com ele, o Daem também passará a investir em reservatórios.
“Antes eram dezenas de nascentes que abasteciam a represa, hoje é só uma e a água da chuva. A represa Cascata não dá mais conta de dar água para quase toda a zona Leste da cidade”.