Pacientes esperam até seis meses por radioterapia
Pacientes que vivem em Marília e região sofrem com a demora de até seis meses para conseguir uma vaga no tratamento de radioterapia em casos de câncer e pedem uma solução para a Secretaria de Saúde do Estado.
A Alta Complexidade Oncológica, no caso de radioterapia, é referenciada pelo Estado e atualmente em Marília é preciso escolher enfrentar a fila para o tratamento no Hospital das Clínicas de Marília ou ser encaminhado para a Presidente Prudente.
A reportagem do Marília Notícia falou informalmente na DRS (Departamento Regional de Saúde) de Marília, onde o problema foi confirmado.
“No Hospital das Clínicas hoje estão sendo atendidas as pessoas que entraram na fila em novembro do ano passado”, disse uma funcionária do Estado.
A opção sugerida é o encaminhamento para hospital em Presidente Prudente, onde o tratamento pode começar em 15 dias. A organização das vagas é feita pela pasta da Saúde estadual.
Com a aceitação do deslocamento, o paciente precisa esperar os procedimentos burocráticos e a disponibilização do transporte, feito pelo município.
No entanto, muitas das pessoas em tratamento – alguns operados recentemente – não têm condições de encarar a viagem de pelo menos 175 quilômetros pelas rodovias SP-421 e SP-284, em aproximadamente 2h20 de percurso.
É o caso de uma idosa de 71 anos bastante debilitada, que o Marília Notícia conversou com familiares sob a condição de manter a identidade deles sob sigilo.
“Minha mãe operou de um câncer na mama seis meses atrás e até agora não começou o tratamento com radioterapia que era para ser de início imediato, do jeito que disse a médica. Ela está muito debilitada e não pode viajar. A demora está prejudicando a recuperação dela. Na semana passada minha mãe mãe precisou fazer uma punção”, lamenta o filho da idosa ouvido pela reportagem. “São milhares de pessoas na mesma situação”, completa o leitor.
Outro lado
A equipe do MN procurou no início da tarde de ontem (15) a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado, com um pedido de explicações sobre o problema.
A reportagem voltou fazer ligações no começo da manhã desta quinta-feira (16) ao departamento que fica em São Paulo, mas até o fechamento desta matéria, quase 24 horas depois, não houve retorno.