Marília vive ‘perseguição’ política de Alckmin
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tirou de Marília mais um órgão estadual através de um decreto do último dia 8 de março. Dessa vez, trata-se do 10º Centro Regional de Despesa de Pessoal, um dos 11 regionais existentes no Estado.
A extinção passa a valer 45 dias após a publicação do Diário Oficial do Estado de São Paulo e o decreto prevê que as atividades desenvolvidas pelo Centro Regional de Marília devem ser assumidas pelos centros de Bauru, Araçatuba e Presidente Prudente.
A edição da portaria que definirá quem absorverá as atividades desenvolvidas em Marília deverá ser assinada pelo diretor do Departamento de Despesa de Pessoal do Estado.
Em Marília o órgão que, entre outras coisas, lida com a folha de pagamento dos servidores estaduais, fica na rua 4 de Abril, no Centro. A responsável pelo órgão não quis falar com o Marília Notícia.
Cortes estaduais em Marília
Esse não é o primeiro corte significante que o governador faz em Marília nos últimos meses, apesar do tucano ser correligionário do prefeito Daniel Alonso (PSDB).
Somado aos problemas das obras paralisadas na SP-333, a impressão é que a cidade sofre uma verdadeira perseguição.
Nas eleições de 2014, Geraldo Alckmin foi o candidato ao posto de governador mais votado, com 69,10% dos votos válidos. Ao todo 76.897 eleitores marilienses votaram nele.
Recentemente foi feita a transferência de parte do serviço de oftalmologia do Hospital das Clínicas, que funciona nas instalações da unidade III do HC – Hospital São Francisco -, para o município de Herculândia por determinação do governo estadual.
Alckmin também fechou no final do ano passado a Oficina Cultural Tarsila do Amaral, importante instrumento para a cultura na cidade.
Além disso, as polícias Militar e Civil sofrem com falta de efetivo, resultando em mais violência em Marília. Em 2016 por exemplo, o número de homicídios foi o maior desde 2005.
Vale lembrar que o governador vem sendo citado nas delações da Odebrecht, no âmbito da operação Lava Jato, por receber ‘caixa 2’ em dinheiro vivo.
Outro lado
A reportagem questionou a assessoria de imprensa da Secretaria da Fazenda do Estado, pasta a qual o Dentro Regional de Despesa com Pessoal é vinculada, para comentar sobre a extinção em Marília. Até o fechamento desta matéria não houve retorno.
O prefeito Daniel Alonso também foi procurado, mas não respondeu ao MN.