Hygino Muzzi Filho: avenida dos assaltos
Desde o começo do ano a avenida Hygino Muzzi Filho, onde estão instaladas três universidades, já registrou pelo menos 12 casos de roubos e furtos segundo levantamento da Polícia Civil obtido pelo Marília Notícia com exclusividade.
A média é de um crime desses tipos a cada cinco dias e as vítimas quase sempre são estudantes, já que milhares deles estudam e moram nas proximidades.
Existe a possibilidade de que o número de ocorrências seja muito maior, pois em vários casos o crime acaba não sendo comunicado.
Furtos e roubos eram mais comuns nos períodos noturnos, mas recentemente nas primeiras horas da manhã e durante as tardes também passaram a ser corriqueiros.
Quase sempre a história é parecida: um ou dois criminosos, normalmente jovens, abordam suas vítimas sozinhas ou em pequenos grupos. Após fazerem menção de estarem armados – ou realmente apresentarem armas de fogo ou facas – os criminosos levam celulares e carteiras.
Em seguida, os bandidos fogem de moto, bicicleta ou a pé, o que pode indicar que os ladrões também residem nas proximidades.
“Antes era só evitar ‘dar bobeira’ em certos horários. Agora, estamos correndo risco a qualquer hora do dia”, conta uma vítima que prefere não ser identificada.
A reportagem conversou informalmente com policiais militares que apontaram a relação do aumento recente de roubos e furtos na região com a retomada das aulas após as férias escolares.
Nota oficial
Em nota oficial a Polícia Militar disse ao MN que “realmente foi identificado um pequeno aumento no número de ocorrências em relação ao mesmo período do ano passado, ensejando o direcionamento da nossa força de trabalho para atuação pontual na referida área”.
De acordo com a PM, a intensificação do policiamento na região foi realizada desde o conhecimento do aumento dos casos. “Ação que resultou na prisão em flagrante de dois indivíduos, um por furto de uma motocicleta e na segunda-feira (20), de outro indivíduo em posse de uma arma de fogo, pela prática de roubo na citada região”.
A polícia informa que na maioria dos roubos o principal objeto subtraído pelos criminosos são os celulares e a orientação aos estudantes é de que permaneçam atentos e evitem o uso de seus aparelhos durante o deslocamento até a faculdade.
Abaixo assinado
Um abaixo assinado feito pela internet pede mais segurança para a região – inclusive Jardim Cavallari – e também foi comentado pela PM.
“A iniciativa do ‘abaixo assinado’ é interessante mas para que estes números se transformem em estatística e balizem o nosso emprego, essas informações devem nos chegar de forma oficial, ou seja, por meio do acionamento da viatura policial e seu registro na Central de Polícia Judiciária (CPJ) ou em site específico de registro on-line”.
O planejamento e emprego inteligente do policiamento ostensivo na cidade requerem o registro estatístico das ocorrências, em especial informações sobre o modo de agir do criminoso, características físicas, meios de fuga.