Mato alto por toda Marília incomoda população
Mato alto é um problema que se espalha por vários pontos de Marília – seja em espaços públicos ou propriedades privadas, onde a responsabilidade é do dono, mas a fiscalização compete à administração municipal. Críticas da população são constantes.
O Marília Notícia vem recebendo queixas diárias sobre a falta de limpeza dessas áreas e moradores pedem providências.
A estudante Gabriela Buoro, 21 anos, conta que em uma praça na subida da rua Monte Carmelo, no Fragata, o mato alto atrapalha a visão de quem está dirigindo e atrai baratas para as casas próximas.
“Esses dias eu e meus tios quase batemos o carro porque não tem visão”, comenta. Ela denuncia ainda outra praça na rua Comendador Fragata onde a situação é parecida e “chega ser perigoso, principalmente durante a noite”.
No Jardim Verona, Lucimara Dias afirma que, desde que ela se recorda, os matagais do bairro nunca foram limpos pela administração municipal. “Os moradores que se juntam e alugam uma maquininha [roçadeira] para fazer a limpeza”.
Morador da Vila São Paulo, Lucas Bonzanini, reclama que o poliespoertivo da rua Santos Dumont também está com o mesmo problema, além da falta de iluminação e calçada. “Há muito tempo, parcialmente abandonado, servindo de abrigo para delinquentes”.
Em um ponto de ônibus do Jardim Califórnia, Rua Francisco Guaglianone, Carla Zamai relata que o mato alto atrai pragas urbanas. “Inclusive hoje [quarta-feira, dia 1º] eu fui pegar o ônibus e tinha uma família de ratos passeando”.
Carla conta ainda que o problema não acontece somente onde ela embarca, mas também nas proximidades onde trabalha, na avenida das Esmeraldas. “O mato está bem alto”.
Já uma área verde do Jardim Tropical, na zona leste, está inutilizada pelo tamanho do mato. “Muitos moradores levam seus animais de estimação para passear ali, mas está sem condições, isso é inédito. Nunca tivemos esse tipo de problema por aqui”, disse a empresária Marcia Xavier.
Outros locais com reclamações parecidas que chegaram ao MN estão a calçada da avenida Hygino Muzi Filho e a pista de cooper do Jardim Aquarius.
Outro lado
A reportagem procurou a Prefeitura para comentar o problema e indicar qual o cronograma para manutenção, além de informar por quais canais a população pode fazer reclamações sobre situações similares.
Em resposta, o secretário do Meio Ambiente e Limpeza Pública Ricardo Mustafá disse que está “concentrando o trabalho da secretaria em um mutirão da capinação”.
“Os referidos bairros estão na lista dos servidores e serão capinados. Ele esclarece ainda que a secretaria não possui equipamentos suficientes para a realização das tarefas em todas as regiões de Marília, tanto é, que o município teve que alugar dois trator roçadeira para ajudar no mutirão e novas licitações para compras de equipamentos estão sendo elaboradas”, disse o poder público em nota.