Mulher baleada procurou ajuda um dia antes do crime
A auxiliar de produção Lubia Charlene Freitas, de 28 anos, que foi baleada na cabeça pelo próprio marido na manhã de ontem (23) em Marília, pediu a ajuda de um amigo um dia antes do crime acontecer.
Em conversa pelo Facebook, a vítima chama o amigo e diz que precisa de uma arma para se defender, pois apanhou recentemente do companheiro.
O rapaz aconselha a vítima a esquecer o pensamento sobre a arma e pede para Lubia procurar a polícia.
“Ele é louco, antes ele morto do que eu”, diz a mulher sobre o marido, que é agente de apoio socioeducativo na Fundação Casa.
O Marília Notícia apurou que três boletins de ocorrência envolvendo o nome da vítima foram registrados – dois no ano passado e o último deles na quarta-feira (22).
Lúbia contou na delegacia que era constantemente ameaçada de morte e temia por sua vida.
De acordo com a Polícia Civil, apesar dela ter registrado os casos, em nenhum deles pediu representação criminal contra o homem, o que possivelmente resultaria em uma medida protetiva da Justiça.
No final da manhã desta sexta-feira (24) a auxiliar de produção continuava internada em estado gravíssimo no Hospital das Clínicas.
O crime
Lubia Charlene Freitas foi baleada na cabeça durante o final da manhã desta quinta-feira (23), na rua Henrique Dias, no bairro Palmital, zona norte de Marília.
O tiro foi disparado por seu marido, que possivelmente não aceitava o fim do relacionamento.
O homem teria ligado para sua mãe e falado que havia cometido o crime. O agente de apoio da Fundação Casa disse ainda para sua genitora que iria se matar em seguida.
A mãe do criminoso disse aos policiais que ouviu um estampido e a ligação foi desligada.
A polícia ainda procura o homem. Viaturas chegaram a fazer buscas em diversos endereços onde ele poderia estar, mas nada foi encontrado.
Confira abaixo a conversa de Lubia com o amigo, um dia antes do crime.