Chapa eleita para ASPMM pede respostas da diretoria
Integrantes da chapa eleita para a ASPMM (Associação dos Servidores Públicos Municipais de Marília) reclamam da demora da atual diretoria da entidade em recebê-los e afirmam que requerimentos de informações e reunião não estão sendo respondidos.
O funcionário municipal Marcos Aurélio dos Santos é um dos membros eleitos para o conselho deliberativo da ASPMM. Ele explica que a posse deve ser dada ao conselho eleito, segundo o estatuto da entidade, até dia 28 de fevereiro.
“Depois da posse é definida a diretoria da entidade e do próprio conselho deliberativo, mas não estamos conseguindo informações, nem mesmo um encontro com os atuais mandatários”, afirma Santos.
De acordo com ele, a eleição foi no dia 20 de janeiro e quatro dias depois já haviam sido protocolados vários pedidos de informações, mas “até agora não houve resposta”.
O grupo eleito quer detalhes sobre as contas da entidade e sobre os problemas com o plano de saúde dos funcionários municipais.
Unimed
A Prefeitura anunciou recentemente que enviaria um projeto de lei para a Câmara com o objetivo de cancelar o contrato entre a Unimed e ASPMM, após determinação da corregedora geral do município Valquíria Galo Febrônio Alves.
Portaria assinada pela corregedora geral foi publicada na edição do dia 8 de fevereiro do Diário Oficial do município. A decisão se deu por conta de sindicância instaurada em julho de 2014, que identificou ausência de descontos nos proventos de alguns aposentados, pensionistas e dependentes, e a existência de beneficiários falecidos que permaneceram no convênio.
O procedimento foi instruído diante dos apontamentos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que indicava irregularidades como despesas com entidades para intermediação de pagamento de plano de saúde dos servidores.
A chapa que ganhou a eleição promete, “diante da não prestação de contas” da atual diretoria, uma “auditoria para identificar possíveis irregularidades e desvios”.
Outro lado
O Marília Notícia conversou com o atual presidente da ASPMM, Joel Rocha. De acordo com ele, a chapa opositora que agora faz queixas contra ele, só participou do pleito por conta de uma liminar da Justiça, já que o registro não foi feito dentro da determinação regimental.
Joel faz parte da chapa que tentava a reeleição.
“O atual conselho havia indeferido a outra chapa. Até então éramos chapa única. Diante disso, o conselho recorreu da liminar no Tribunal de Justiça, que está na iminência de decidir sobre a questão”, fala Joel.
Ele diz ainda que as respostas não foram dadas aos solicitantes e nem foram agendadas reuniões por causa dessa indefinição. “E também não é preciso uma transição. Não se trata de algo complexo como uma Prefeitura. A transição acontece quando a chapa assume”.
Sobre o plano de saúde, Joel fala que a entidade enviou ofício pedindo informações para a Prefeitura sobre irregularidades apontadas pelo TCE, mas não houve resposta.