Plano de rebelião é descoberto e abafado em Marília
A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) descobriu um possível plano de rebelião na Penitenciária de Marília e transferiu de forma emergencial pelo menos 11 presos do regime semiaberto para outras unidades prisionais do Estado na última sexta-feira (3).
A informação foi confirmada ao Marília Notícia por pessoas de dentro da unidade prisional que fica no distrito de Padre Nóbrega.
O MN já havia noticiado nos últimos dias que após rebelião no semiaberto de Bauru, os agentes e outros funcionários de Marília trabalhavam em “alerta total”.
Informações obtidas pela reportagem apontam que nos últimos dias o setor de inteligência da pasta detectou movimentações dos presos em Marília e agiu em cima da hora para evitar o motim.
No final de semana, tumultos foram registrados em unidades prisionais de Lavínia (224 quilômetros de Marília) e Valparaíso (200 quilômetros de Marília). Por lá, quase 50 transferências foram registradas.
Existe a informação de que organizações criminosas estariam convocando rebeliões para demonstrar poder [leia aqui].
Em Marília, o semiaberto possui capacidade para 560 presos, mas abriga 570 no momento, segundo informações da SAP nesta segunda-feira (6). Seria ali onde o motim estaria sendo organizado e foi abafado com as transferências.
Já no regime fechado, onde deveriam existir 577 vagas, aproximadamente metade estão disponíveis por causa de obras de automação nas celas.
No entanto, em Marília, fontes do MN indicam que apesar da superlotação do regime fechado, as chances de rebelião ali são menores, pois existe um controle maior dos presos.
Já no semiaberto não existem, por exemplo, muralhas ou guardas armados nas guaritas, por conta das características da progressão da pena.
Em nota, a SAP informou que “todas as unidades estão funcionando dentro dos padrões de segurança e disciplina da Pasta”.
“Ressalvamos que transferências ocorrem normalmente em todo o Estado, visando a adequação da população carcerária em unidades que correspondem ao regime em que o preso foi condenado. Mais informações sobre transferências não podem ser divulgadas por questão de segurança”, disse o governo estadual.