Acusado de homicídio em Marília se entrega à polícia
Acusado de cometer um homicídio no Centro de Marília na madrugada do último dia 16, Wilson Ramos de Siqueira Junior, de 31 anos, se apresentou à CPJ (Central de Polícia Judiciária) no final da tarde desta terça-feira (17).
Ele tinha prisão temporária decretada pela 2ª Vara Criminal de Marília.
No mesmo dia, a Polícia Civil através da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), havia divulgado que já era conhecida a autoria do crime que tirou a vida de Luis Henrique Meira dos Santos, de 26 anos.
Ele foi morto com um tiro na cabeça após discussão nas proximidades de um bar localizado no cruzamento da avenida Carlos Gomes e rua Bandeirantes.
De acordo com a polícia, foi apurado inicialmente que a vítima e um amigo estiveram no bar, onde o autor teria ofendido a dupla.
“Posteriormente, já do lado de fora do estabelecimento, Wilson teria descido do banco dianteiro direito de um veículo (ao que consta um Ford Fusion), onde também se encontravam sua namorada e outro dois rapazes, e ido ao encontro do amigo da vítima, nele desferindo um soco no rosto, acusando-o de ter ‘mexido’ com a mulher dele”, explicou o delegado Valdir Tramontini, titular da DIG.
Ainda segundo a polícia, ao ver o amigo sendo agredido, a vítima interveio, empurrando o autor, mais conhecido como Wilson Junior.
O assassino então sacou uma arma e atirou contra a cabeça de Santos. A vítima chegou a ser levada para o Hospital das Clínicas de Marília pelo Samu, mas não resistiu ao ferimento e morreu em seguida.
“Após o crime, Wilson Junior, que registra antecedentes criminais por furtos e tráfico de entorpecentes, retornou ao interior do automóvel e fugiu”, contou o delegado.
“O crime, que está sendo apurado em inquérito que tramita por esta especializada, teria sido cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa do ofendido, o que o qualifica, equiparando-o a hediondo, com pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão”, finalizou Tramontini.
Versão do acusado
De acordo com o delegado, o acusado disse que há cerca de quatro meses teve um desentendimento com sua ex-amásia por causa de guarda de filho. Desde então, ele teria passado a receber ameaças por telefone. “Dentre esses prováveis ameaçadores, estaria a vítima”, disse Tramontini.
Na data do crime, o acusado disse que foi ao bar e se encontrou com o jovem que foi morto, que estava com um grupo de amigos. Na saída, após o show que ocorreu no bar, eles se encontraram na rua e em determinado momento Wilson Júnior disse que passou a ser agredido pelas costas por três rapazes com socos na cabeça.
De acordo com Tramontini, o acusado alega que sacou com um revólver calibre 38 da cintura e disparou sem se virar para trás, com o intuito de afugentar os agressores.
A ideia, segundo a versão, era dar um tiro para cima, mas acertou acidentalmente a cabeça da vítima. A arma teria sido comprada no Paraguai após as ameaças.
O delegado, no entanto, afirma que a versão dada é fantasiosa e que existem testemunhos que contradizem a história relatada pelo autor.
As provas no sentido contrário foram suficientes para que fosse decretada a prisão temporária por 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período. Wilson Júnior foi encaminhado para a cadeia de Pompéia.