Funcionários da Saúde continuam com greve
Os funcionários do programa ESF (Estratégia Saúde da Família) de Marília resolveram em assembleia nesta quarta-feira (21) manter a greve desencadeada ontem (20) por falta de pagamento. Nova manifestação está sendo realizada no Paço Municipal.
Os cerca de 450 funcionários do programa não aceitaram o parcelamento do salário atrasado desde o dia 6 em duas vezes proposto pela administração municipal. A segunda parcela do décimo terceiro também venceu ontem.
O presidente do SinSaúde, Aristel Carriel, que representa a categoria, disse ao Marília Notícia que não houve negociação, mas imposição do parcelamento, o que não caiu bem entre os trabalhadores. “Não tentaram dialogar, foi uma imposição”, disse.
Os trabalhadores querem o valor integral. Metade foi depositada ontem pela Prefeitura e a outra metade está prometida para a semana que vem.
Com a paralisação, 34 postos de saúde na cidade funcionam de forma precária, atendendo apenas urgência e emergência.
Durante a manhã desta quarta, assim como na terça-feira, os trabalhadores fizeram um ato em frente ao Paço Municipal.
O ESF é gerido pela Maternidade Gota de Leite, contratada pela Prefeitura, que tem afirmado que os atrasos são por conta da falta de repasses pela administração municipal, que, por sua vez, afirma que não recebe do Governo Federal os valores.
O problemas se repete por meses seguidos – quase dois anos – e Carriel afirma que toda vez comunica os setores competentes sobre o problema dos atrasos.
A Secretaria Municipal da Saúde de Marília disse em nota enviada no dia em que a greve foi deflagrada que a Prefeitura efetuaria o pagamento na própria terça-feira, dia 20, da metade dos salários dos profissionais que atuam no programa Estratégia Saúde da Família em Marília.
“A segunda parte dos vencimentos será liberada até a terça-feira da próxima semana. O atraso ocorre por conta da frustração da receita orçamentária correspondente ao mês de dezembro, acrescida da queda na arrecadação tributária projetada para o período. O Município comunica ainda que atendimentos de urgência e emergência estão sendo priorizados e que a paralisação desta manhã não afetou as 12 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que formam a rede de atenção básica municipal”, disse a pasta ontem.
O sindicato afirma que os trabalhadores só voltam ao trabalho quando o salário for pago integralmente.