Futuro chefe da Cultura fala sobre gestão e acusações
O futuro secretário de Cultura de Marília, André Gomes, falou ao Marília Notícia sobre como será sua gestão e o que a população deve esperar em relação à atuação da pasta no governo Daniel Alonso (PSDB).
De acordo com ele, o principal desafio da Cultura não é somente da secretaria, assim como as demais repartições da Prefeitura. “É um desafio geral, já que a situação financeira está degradada”.
Uma das soluções para esse fator de peso na execução das atividades da pasta – e de toda a administração municipal – está na aplicação de uma “política transversal”, diz Gomes.
Ele explica que isso quer dizer um diálogo constante entre todas as secretarias, “uma integração muito grande para implementar as políticas de todas as pastas”.
A ideia é uma ação em conjunto das políticas sociais principalmente das áreas de Cultura, Esporte e Lazer, Educação, Juventude e Assistência Social.
Gomes fala em “difundir, por exemplo, uma política de Cultura passando pela rede de Educação”, com a implementação de um curso de música na rede municipal, por exemplo.
Entre os desafios especificamente da Cultura, Gomes disse que está a implementação do plano municipal de cultura, aprovado em 3 de dezembro, algo que era reivindicado há tempos, de acordo com ele.
ACUSAÇÕES
O jornal Diário de Marília têm acusado Gomes de ter sido investigado pelos gastos suspeitos de R$ 1,8 milhão, enquanto esteve à frente da secretaria, entre abril e dezembro de 2012, no governo de Ticiano Tóffoli (PT).
De acordo com informações do jornal, desta quantia, R$ 200 mil teriam sido gastos apenas com lanches.
O futuro secretário da Cultura rebate e disse que nunca houve qualquer sindicância ou chegou a ser aberta qualquer investigação sobre o caso. Ele acusa o veículo de comunicação de perseguição política.
“Me acusam grande de ter consumido 900 lanches em curto período curto. Mas o que eles não noticiam, e que já foram informados varias vezes, é que existe um convênio com a Secretaria do Estado da Cultura que nos obriga a fornecer, não R$ 900, mas 1.2 mil lanches por semana para o Projeto Guri. Na verdade teria que ter uma sindicância por semana”, diz ele, negando qualquer irregularidade.
PERFIL
Gomes tem licenciatura plena em Sociologia e já passou pela Secretaria Municipal de Esportes da cidade de São Paulo, Ministério da Cultura, chefia de gabinete do ex-vereador Sidney Gobetti.
Ele apoiou o ex-prefeito Mario Bulgareli durante os oito anos de sua gestão e em 2012, quando o mesmo renunciou ao cargo, ele foi nomeado por Ticiano Toffoli (PT) como secretário municipal da Cultura.