Dilma falta a entrevista e Globo exibe perguntas
Dilma Rousseff refugou convite para participar de uma nova série de entrevistas com presidenciáveis, dessa vez no Jornal da Globo. Sorteio feito com a participação de representante da campanha de Dilma definira que ela seria a segunda entrevistada —depois de Marina Silva, já ouvida na segunda-feira, e antes de Aécio Neves, que deve ir ao ar na noite desta quarta.
Em reação à ausência de Dilma, os apresentadores William Waack e Christiane Pelajo leram “algumas das perguntas que seriam feitas a ela.”. Antes, realçaram que foi a primeira vez que um candidato à Presidência se recusou a conceder a entrevista desde que a série começou a ser realizada, na sucessão de 2002.
Confira as perguntas que seriam feitas:
— Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?
— A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente, para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?
— A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil no seu governo tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?
— A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?
— Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?
— A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?