Nova dieta da proteína seca 7 kg em 14 dias
Mundialmente conhecida, a dieta da proteína tem milhares de seguidores espalhados por diversos países e já foi responsável pelo emagrecimento bem-sucedido de boa parte deles.
Agora, uma nova versão do famoso programa promete resultados igualmente satisfatórios com um cardápio menos restrito e mais saudável.
Nova dieta da proteína
A variação do programa alimentar, que inclui suplementos de proteína no cardápio, foi desenvolvida pelo especialista em obesidade da Universidade de Harvard George L. Blackburn. No Brasil, foi adaptada pela médica homeopata Márcia Jablonka Kelman e pela nutricionista Letícia Okamoto, da clínica Biodiet.
De acordo com Márcia, a diferença desta para a dieta Atkins, que também é hiperproteica, é que ela não é hipergordurosa. Ou seja, o consumo de proteínas gordurosas como bacon e ovos fritos não está liberado.
“O consumo de gordura aumenta o colesterol, o triglicérides, e isso resulta em entupimento de artérias do corpo e mais chances de infartos e derrames. Já a de Harvard é hiperproteica e hipogordurosa. Ou seja, a alimentação é feita com gorduras boas para o corpo”, explica a médica.
O que pode comer
A nutricionista explica que além da proteína animal (carnes, frango e peixes) e ovos, whey protein (proteína do soro do leite) também faz parte do cardápio da nova dieta da proteína.
Segundo a homeopata, a adaptação feita por elas teve o objetivo de deixar a primeira fase da dieta mais restritiva, para que, na segunda etapa, fosse possível incluir outros grupos de alimentos e impedir a privação de nutrientes importantes para o corpo por um longo período.
Os únicos carboidratos permitidos na primeira fase são folhas e algumas verduras, como brócolis, couve-flor, chuchu e abobrinha. Eles evitam que a pessoa tenha tonturas, enxaquecas ou hipoglicemia devido a pouca quantidade de calorias.
“Desta forma, conseguimos que o paciente emagreça com mais saúde e qualidade nutricional”, comenta Márcia.
Como funciona a dieta?
Fase 1: 15 dias
A primeira fase é a hipocalórica. Neste primeiro momento, o consumo é de, em média, apenas 1.000 calorias por dia. Com o passar das fases (são 3 no total), as calorias vão aumentando porque os carboidratos vão sendo inseridos na alimentação.
“Sem dúvida, a fase 1 é a mais difícil porque além de ser hipocalórica, ela restringe os carboidratos que estamos acostumados a consumir como pães, massas, doces, bolos, etc. Algumas pessoas podem entrar em hipoglicemia (mesmo consumindo folhas e verduras), ter falta de disposição, irritabilidade, mas isso passa em, no máximo, 3 dias”, explica a nutricionista.
Nesta fase, além das proteínas, laticínios também estão liberados.
Fase 2: 5 semanas
Nesta fase, alguns carboidratos começam a ser liberados gradualmente. “É a fase em que começamos a trabalhar novos hábitos alimentares, a controlar melhor a fome e a escolher os carboidratos que consumiremos ao longo do dia”, explica Letícia.
Neste segundo momento, todos os alimentos da dieta são liberados ao longo da semana. No cardápio completo, temos, além das proteínas, carboidratos, frutas, verduras e legumes e grãos.
Fase 3: 2 anos
A última fase é a de manutenção do peso. Neste momento, os doces, as massas e o álcool são permitidos desde que consumidos com bastante moderação, como exceção.
“Nada de exagerar como antes da dieta e levar uma vida normal. Lembre-se de consumir sempre alimentos menos processados possíveis”, ressalta a nutricionista.
O que não pode comer
A lista de proibições nesta dieta é bastante extensa. Alimentos com farinhas branca e integral, açúcar refinado e mascavo, frutas, frutas secas, massa, doce, sorvete, pães (inclusive integrais), batata, mandioca, mandioquinha, batata-doce, cenoura, beterraba, abóbora, tomate, azeitona, sucrilhos, granola, aveia, queijo amarelo, salame, mortadela, refrigerantes, água com gás e oleaginosas (castanha, noz, amêndoa) não podem ser consumidos na primeira fase da dieta.
Alguns alimentos como frutas secas, arroz, macarrão e pães integrais passam a ser permitidos na segunda fase.
Quem pode fazer?
Segundo a médica, todos podem fazer esta dieta, mas ela deve ser personalizada levando em consideração os hábitos e antecedentes de saúde de cada pessoa.
“Jovens, mulheres fora da menopausa e que realizam exercícios físicos regularmente são beneficiados mais rapidamente”, explica Márcia.
Para que a perda de peso ocorra de forma saudável e sem prejuízos para a saúde, a nutricionista Letícia aconselha consultar um médico e fazer exames de sangue para verificar, principalmente, os níveis de ácido úrico, corpos cetônicos, colesterol e glicemia antes de aderir ao programa.
Quanto a dieta emagrece?
É possível perder 7 kg em duas semanas, mas pode haver variação para mais ou menos quilos de acordo com a idade, sexo e fatores metabólicos e genéticos da pessoa.
De acordo com a nutricionista, para emagrecer os 7 quilos em 14 dias é necessário seguir a dieta e também praticar de 40 minutos a uma hora de atividade física por dia por, pelo menos, cinco vezes na semana.
Fonte: MSN