Internos escreveram ‘PCC’ com sangue na Fundação Casa
Os internos da Fundação Casa em Marília escreveram ‘PCC’ nas paredes da unidade, com o sangue do agente morto durante rebelião ocorrida na noite de ontem (4), às margens da rodovia SP-333, na saída para Assis.
A informação foi confirmada por funcionários da unidade. O agente de apoio socioeducativo Francisco Carlos Calixto, de 51 anos, foi assassinado com um cabo de vassoura enfiado em sua garganta.
Quatro menores e um maior de idade que teriam participado da morte do agente foram encaminhados até a Central de Polícia Judiciária. Vale lembrar que na Fundação Casa a pena pode ir até os 21 anos.
O maior foi identificado como Cleberson William Veloso de 18 anos. Porém, o autor do golpe fatal teria 17 e assumiu a barbárie. Eles foram indiciados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
Outros agentes foram feitos reféns e também ficaram feridos na rebelião. Um deles continua internado no Hospital das Clínicas.
“É um absurdo, não estamos acreditando até agora. Estamos nos organizando para fazer um ato público aqui em Marília. Vamos também protocolar documentos no Ministério Público, com relação a falta de segurança, superlotação nas unidades, defasagem do quadro de funcionários e vários outros problemas”, disse Eguinaldo Rodrigues de Oliveira, diretor do Sitsesp/Sitraemfa (sindicato dos socioeducadores).
A assessoria de imprensa da Fundação Casa divulgou uma nota oficial sobre o caso ainda na noite de ontem: “A Corregedoria Geral da Fundação Casa vai instaurar uma sindicância para apurar a morte do funcionário na Casa Marília e a fuga de 18 adolescentes da mesma unidade. A Fundação Casa lamenta profundamente a morte do funcionário e trará toda a assistência aos familiares do servidor”, diz a nota.
Os infratores que estão foragidos ainda eram procurados na manhã desta quarta, inclusive com a ajuda do helicóptero Águia da PM, que fazia buscas na zona oeste de Marília.