Espera por ambulância após cirurgia vira BO
A espera de cinco horas e meia pelo transporte de ambulância após procedimento cirúrgico no Ambulatório Mario Covas, que faz parte do Complexo Famema, terminou em Boletim de Ocorrência na noite de terça-feira (20).
Vanessa Berloffa, de 31 anos, comunicou ao plantão policial que sua mãe, Aparecida Candido Berloffa, 66, foi liberada ao meio dia e apenas às 17h30 foi levada para casa.
De acordo com o documento, durante a espera a idosa ficou sem refeição, sem remédios e as dores da cirurgia de revisão de prótese total – que renderam 56 pontos do quadril ao joelho – se intensificaram.
Vanessa conta que a cirurgia foi realizada no último dia 9 e ontem foi o retorno. Durante o procedimento foi feita a troca da prótese de quadril.
“Minha mãe teve que ficar esperando em local inapropriado com os pontos praticamente à mostra, correndo risco de pegar uma infecção”, afirma.
Ela conta que a cirurgia só foi possível com uma liminar na Justiça. “Minha mãe estava na cadeira de rodas desde outubro, imóvel com dores”, diz.
Mesmo com a determinação judicial, a cirurgia foi cancelada duas vezes, diz Vanessa. “Na primeira vez, ela foi internada e não tinha leito na UTI. Na segunda, minha mãe já estava no centro cirúrgico e a prótese veio errada”, fala.
As ambulâncias são responsabilidade da Central de Ambulância, vinculada com a Secretaria de Saúde do município. A assessoria de imprensa da administração municipal informou que vai apurar o caso.
Veja o vídeo gravado pela filha de dona Aparecida.