‘Saiu fumaça do motor e começou a vibrar’, conta passageiro de voo
O dono da aeronave que fez um pouso forçado em uma fazenda de Pirajuí (84 quilômetros de Marília) na última quarta-feira (27) contou detalhes do acidente. “Nós decolamos de Marília por volta das 6h20, depois de uns 20 minutos de voo, saiu uma fumaça do motor e começou a vibrar. Foi quando ele falou que precisávamos fazer o pouso forçado. Ele veio planando, achou o melhor lugar e fez o pouso”, lembra o empresário Fábio Muller Guelfi Pinto, de 27 anos.
Fábio disse que tem habilitação para voar, mas confirmou que quem estava pilotando o monomotor era Rodolfo Yoshimoto de Oliveira, de 23 anos, e que não era a primeira vez que ele fazia este trabalho para ele. “O Rodolfo que estava pilotando. Ele já fez vários voos pra mim, para meu sócio, com minha mãe.” A dúvida de quem estaria pilotando a aeronave surgiu porque o piloto deixou o local do acidente, no entanto, após os depoimentos a polícia descartou essa possibilidade.
A Polícia Civil abriu o inquérito para apurar o que provocou o pouso forçado de um avião de pequeno porte em uma fazenda. Um boletim de ocorrência foi registrado por lesão corporal culposa, quando não há intenção.
O piloto chegou à delegacia em Pirajuí 12 horas após o acidente. Ele disse à polícia que deixou o local do acidente para buscar ajuda de um amigo que mora em Garça. A história foi confirmada pelo dono do avião. “Abrimos as portas do avião. Estávamos conscientes, o único ferimento que eu tive foi no supercílios que bati no painel. O piloto foi até uma estrada pra buscar ajuda. Depois que ficamos sabendo que ele foi ate Garça. Nesse meio tempo passou uma Kombi da fazenda e nos levou à Pirajuí.”
Segundo a Polícia Civil, o piloto tem habilitação para pilotar pequenas aeronaves, com validade até o final do ano. A Agência Nacional de Aviação (Anac) também confirmou que que Rodolfo possui licença e habilitação válidas. Sobre o monomotor Bonanza modelo F33A de matrícula PT-JRY, o órgão informou que, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), toda a documentação como a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) está válida.
Fonte: Reprodução G1