Suspeito de vender bebidas falsas em Marília ‘passa o ponto’ e escapa de operação

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (6) mais uma fase da operação “Parece, mas não é”, que investiga um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas no Estado. Um dos mandados foi cumprido em Marília, mas no endereço indicado já não funcionava o estabelecimento que seria alvo da ação.
A operação incluiu o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão em diversas cidades paulistas — entre elas Marília, Americana, Taquaritinga, Sertãozinho e Matão —, além de Londrina, no Paraná.
Ao todo, três pessoas foram presas e depósitos clandestinos foram fechados na capital paulista, onde milhares de garrafas, rótulos e embalagens foram apreendidos.
Em Marília, a Delegacia Seccional confirmou a participação de equipes locais, que atuaram com base em mandado expedido pelo 42º Distrito Policial da capital. O endereço alvo fica na zona oeste, onde atualmente funciona um comércio de gás e água mineral.
Segundo o delegado seccional Wilson Carlos Frazão, nenhuma bebida adulterada foi encontrada no local.
“O estabelecimento neste endereço está instalado há aproximadamente três meses. Verificamos que o atual comerciante não possui relação nenhuma com os fatos investigados. Nenhuma bebida alcoólica foi localizada”, afirmou.
Na capital, porém, a situação foi diferente. Dois homens foram presos em depósitos usados para armazenar garrafas destinadas à falsificação.
No bairro de Ermelino Matarazzo, agentes encontraram milhares de recipientes utilizados na adulteração de bebidas destiladas, como gim, uísque e vodca. Já na Vila Cruzeiro, foram apreendidos rótulos e embalagens que imitavam marcas originais.
O terceiro preso foi localizado em Sertãozinho, onde a polícia identificou bebidas com cheiro e coloração alterados, além de garrafas lacradas com volumes divergentes.
A operação continua e deve incluir novas análises do material apreendido. De acordo com a Polícia Civil, o esquema investigado envolve a distribuição de bebidas adulteradas, com potencial risco à saúde pública. As investigações seguem sob coordenação do 42º DP de São Paulo.