Incêndios deixam rastro de dor e perdas em diferentes décadas

Ao longo dos anos, Marília tem registrado tragédias marcantes provocadas por incêndios, tanto em áreas urbanas quanto rurais, que resultaram em diversas mortes e deixaram a cidade em luto. O caso mais recente ocorreu nesta quinta-feira (2), quando Jessé da Silva Santana, de 29 anos, morreu enquanto ajudava a combater um incêndio. Antes disso, episódios semelhantes já haviam tirado a vida de um idoso em 2024, de uma mulher em 2023 e de três crianças em 2008, em situações que revelam a gravidade e a recorrência deste tipo de ocorrência.
Jessé morreu em um incêndio no distrito de Amadeu Amaral enquanto ajudava a conter as chamas que atingiam a Fazenda Marília.
Ele estava ao lado de colegas da propriedade e de fazendas vizinhas, que se uniram para abrir aceiros e tentar controlar o fogo com o uso de um trator-pipa.

De acordo com testemunhas, Jessé foi visto pela última vez próximo ao trator-pipa, mas acabou encoberto pela fumaça. Logo depois, foi encontrado caído no chão, já queimado, em meio à pastagem atingida. A morte de Jessé se soma a outros episódios trágicos relacionados a incêndios registrados em Marília nos últimos anos.
Em 8 de dezembro de 2024, um idoso perdeu a vida depois que o apartamento que ele morava pegou fogo. O caso foi registrado na rua Prudente de Moraes, Centro da cidade. Ele foi encontrado caído no banheiro com queimaduras pelo corpo e sinais de intoxicação pela fumaça. O imóvel estava tomado por material reciclável, o que pode ter contribuído para o início do fogo.

Pouco mais de um ano antes, em 2 de agosto de 2023, uma mulher de 55 anos, identificada como Sandra Aparecida Ramos de Moraes, morreu em um incêndio no apartamento em que vivia sozinha, no Conjunto Habitacional Paulo Lúcio Nogueira, nos prédios da CDHU, na zona sul de Marília.
Vizinhos relataram ter ouvido estalos durante a madrugada, mas só perceberam o fogo quando a fumaça tomou conta das escadas do prédio. Apesar dos esforços de reanimação feitos pelo Samu, a vítima não resistiu.
Casos mais antigos também marcaram a memória da cidade. Em 18 de fevereiro de 2008, três crianças de sete, cinco e três anos morreram em um incêndio em residência. Segundo os bombeiros, o fogo teria começado após a mãe acender velas antes de sair de casa. Ela foi socorrida em estado de choque.
As tragédias, que se repetem ao longo dos anos, evidenciam a importância da prevenção e do combate rápido aos incêndios, especialmente em períodos de seca e altas temperaturas. As autoridades reforçam que a população deve evitar práticas de risco, como o uso de fogo para limpeza de terrenos, e acionar o Corpo de Bombeiros diante de qualquer foco suspeito.