DDM Marília participa dos 40 anos das delegacias especializadas

A delegada Darlene Costa Tosin, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, participou na noite desta quarta-feira (27) da cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, que celebrou os 40 anos de criação das DDMs.
Durante o evento, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinou o decreto que institui a Divisão de Apoio às Delegacias da Mulher, estrutura inédita na Polícia Civil paulista para ampliar e centralizar a coordenação das 142 unidades no Estado.
Segundo o governador, a nova divisão permitirá padronizar procedimentos de atendimento, fortalecer a integração das delegacias — inclusive online e com salas 24 horas — e aprimorar políticas públicas de combate à violência contra a mulher.
A cerimônia contou também com a presença da primeira-dama e presidente do Fundo Social do Estado, Cristiane Freitas, do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, do delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, e da coordenadora das DDMs, Adriana Liporoni, além de outras autoridades.
ENTRE AS PRIMEIRAS
A DDM de Marília foi instalada em 24 de abril de 1987, como a 14ª unidade do Estado de São Paulo. Desde então, consolidou-se como referência regional no atendimento especializado a vítimas de violência doméstica, familiar e sexual.
Desde 2020, com a centralização das delegacias, a unidade oferece atendimento presencial das 8h às 18h, com suporte online e pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) nos demais períodos.
A delegacia lidera a Rede Mulher de Marília, que reúne cerca de 30 órgãos das áreas de saúde, assistência social, segurança e justiça. A integração possibilita acolhimento completo, com apoio jurídico, psicológico e encaminhamentos médicos.
Nos últimos anos, a unidade tem instaurado, em média, 100 inquéritos mensais relacionados à violência doméstica. Também requisita cerca de 50 medidas protetivas à Justiça por mês.
Além disso, promove palestras em escolas e órgãos públicos, desenvolve ações de prevenção ao feminicídio e mantém parcerias com universidades para apoio psicossocial, organização de arquivos e melhoria das políticas públicas.
Persistem, contudo, alguns gargalos. Apesar da lei federal 14.541/2023 prever funcionamento 24 horas, o atendimento presencial ininterrupto ainda não foi implementado em Marília e em outras cidades de porte semelhante no Estado.