Saúde busca garantir suporte nutricional a acamados
A oferta de dietas industrializadas em caráter emergencial e temporário, destinadas a garantir suporte nutricional a pacientes após alta hospitalar, tem sido limitada em Marília por falta de repasses financeiros e pelo alto custo dos produtos.
A informação consta em resposta da Secretaria Municipal da Saúde a um requerimento apresentado na Câmara Municipal pelo vereador Luiz Eduardo Nardi (Cidadania). O parlamentar solicitou esclarecimentos sobre o fornecimento de alimentação a pessoas acamadas e sobre a aquisição de medicamentos.
Segundo a pasta, o atendimento é realizado por até três meses, com a entrega de dietas suficientes para 15 dias por mês. A medida visa prevenir quadros de desnutrição, evitar reinternações e auxiliar as famílias no início do cuidado domiciliar.
A administração municipal afirma que a responsabilidade pelo fornecimento é, prioritariamente, do Governo do Estado, que pode levar de 30 a 90 dias para liberar os insumos. Como alternativa, a gestão local implantou um modelo parcial, custeado com recursos próprios.
Conforme a Saúde, cada paciente consome entre 12 e 15 latas por mês, com preço unitário variando entre R$ 81,10 e R$ 100,95. O custo mensal por pessoa, portanto, vai de R$ 973,20 a R$ 1.514,25, o que inviabiliza, segundo a pasta, o atendimento integral a todos os usuários.
Sobre os medicamentos, a secretaria esclareceu que a rede municipal segue a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume), elaborada com base em diretrizes técnicas e na capacidade orçamentária. Medicamentos fora dessa lista não são disponibilizados, ainda que prescritos por médicos da rede privada ou de hospitais. Nesses casos, a compra fica sob responsabilidade das famílias.
A Secretaria reforçou o compromisso com um atendimento humanizado, respeitando os limites legais e financeiros vigentes.