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dom. 20 jul. 2025
TARIFAÇO

Tarifaço dos EUA já pressiona o agro na região; café resiste, pecuária recua

Crescem incertezas no setor com retração em vendas e queda no preço do boi.
por Alcyr Netto
Olavo Davini, da Cooperativa Sul Brasil, afirmou que mercadorias da safra atual já foram adquiridas (Foto: Arquivo pessoal)

A recente notícia sobre a imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, apelidada de tarifaço, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, acendeu um sinal de alerta para o agronegócio de Marília e região. As vendas de ração para engorda de gado já caíram nos últimos dias, mesmo antes da aplicação efetiva da medida. Apesar das incertezas, nem todos os setores devem ser imediatamente afetados.

De acordo com Olavo Davini, técnico agrícola da Cooperativa Sul Brasil, as mercadorias para a safra atual já foram adquiridas, o que ajuda a minimizar um impacto imediato. Ele ressalta que a dependência de moléculas agrícolas provenientes dos EUA é mínima, sugerindo que outros setores devem ser mais afetados.

“Creio que o impacto será maior para medicamentos humanos e tecnologias, como softwares e equipamentos eletrônicos de alta complexidade. Neste início, pode ocorrer aumento por especulação, mas acredito que setores que já estão apresentando problemas possam culpar esse imbróglio”, revela Davini.

Cassiano Tosta acredita que cafeicultura não será afetada com tarifaço (Foto: Catenacom)

Já Cassiano Tosta, cafeicultor de cafés especiais em Garça, reconhece que haverá impactos, mas com nuances. Para o setor cafeeiro, em particular, ele se mostra menos preocupado. Segundo ele, o consumo mundial de café tem crescido desproporcionalmente à produção e, com quebra de safra nos últimos dois anos e problemas climáticos, os estoques estão baixos.

“Se os Estados Unidos não comprarem, outros países irão absorver a produção e o americano vai pagar mais caro, mas continuar comprando”, avalia Tosta.

Ele destaca que, ao contrário da laranja e da carne, que já sentem os reflexos com a suspensão de negociações, o preço do café subiu após o anúncio do tarifaço.

No entanto, Tosta prevê que carne, laranja e amendoim deverão sentir mais os impactos. Ainda assim, expressa esperança de que a tarifa de 50% não se mantenha, apostando em uma negociação entre os governos.

“Não acredito que a tarifa vá se manter nesses patamares de 50%, nesse jeito Trump de ‘negociar’. Deve haver redução antes do prazo, se o governo sentar para discutir com os EUA. É o que espero e acho mais sensato”, afirma o cafeicultor.

Pecuária deve ser afetada pelo ‘tarifaço’ do governo Trump (Foto: Arquivo)

A pecuária, por sua vez, já sente os efeitos da incerteza, conforme aponta José Luiz Tavares, pecuarista de gado leiteiro e proprietário de uma loja de insumos.

“Como tenho loja de insumos para pecuária, já sentimos uma retração na venda de ração para engorda em virtude da incerteza e queda no preço do boi”, relata Tavares.

Tavares menciona que as compras pelos frigoríficos estavam praticamente paralisadas e que a bolsa do mercado futuro também apresenta queda, indicando um impacto mais direto e imediato sobre o setor pecuário.

Caso as exportações não se concretizem com o aumento das tarifas, existe a perspectiva de que mais produtos permaneçam no mercado interno, o que pode pressionar ainda mais os preços para baixo.

Daniel Costa Coelho de Souza, do Sebrae Marília, acredita que o café da região pode ser afetado pelo tarifaço (Foto: Divulgação/Marcelo Moriyama/Sebrae)

De acordo com Daniel Costa Coelho de Souza, consultor de negócios do Sebrae Marília e especialista em internacionalização e exportação, o tarifaço afeta significativamente as exportações, especialmente para o estado de São Paulo, que tem os Estados Unidos como principal destino de seus produtos. Essa medida resultará, num primeiro momento, em uma redução da competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano, tornando-os mais caros. Para ele, o segmento do café é particularmente atingido, pois os Estados Unidos são o principal destino do café commodity exportado pelo Brasil.

Apesar do desafio imposto pelos Estados EUA, Daniel enfatiza que “dentro de toda a crise isso também gera uma oportunidade”. Ele destaca que a China já é o principal parceiro comercial do Brasil e tem demonstrado crescente interesse em expandir suas compras de produtos brasileiros.

“O principal parceiro comercial do Brasil já é a China e cada vez mais os chineses vêm mostrando o interesse de expandir as suas compras em relação aos produtos brasileiros. Nas últimas feiras internacionais que a gente veio participando, ficou extremamente gritante cada vez mais o número maior de empresas chinesas interessadas aqui no estado de São Paulo, principalmente no segmento de café também. Esse ano aqui na região de Marília a gente recebeu já várias visitas e missões de empresários chineses”, afirmou o consultor do Sebrae.

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