Chikungunya e hanseníase voltam às estatísticas e reforçam alerta
Mesmo com baixa incidência nos últimos anos, algumas doenças consideradas controladas ou com registros pontuais voltaram a aparecer nas estatísticas da Secretaria Municipal da Saúde de Marília. Segundo o Informe Semanal dos Agravos de Notificação Compulsória, referente às 15 primeiras semanas de 2025, o município já soma dois casos de chikungunya, um de coqueluche e três de hanseníase.
A presença desses agravos nas primeiras semanas do ano reforça a importância de estratégias como o diagnóstico precoce, a vigilância ativa e o acompanhamento de contatos, especialmente nos territórios com maior vulnerabilidade. Essas doenças podem circular de forma silenciosa e, quando não identificadas a tempo, aumentam o risco de disseminação e de complicações para os pacientes.
No caso da hanseníase, por exemplo, o número de casos em 2025 já supera o total registrado em todo o ano anterior, quando apenas uma confirmação foi feita. A coqueluche, que teve dois registros em 2024, também já aparece novamente este ano. A chikungunya, por sua vez, não teve nenhum caso notificado no ano passado, o que torna os novos registros um dado relevante para monitoramento.
Outros agravos também mostram tendência de crescimento, como a tuberculose, que passou de 17 para 20 casos confirmados (+17,65%), e as hepatites virais, que dobraram no comparativo com o mesmo período do ano anterior (de 1 para 2). Já as infecções sexualmente transmissíveis em gestantes e recém-nascidos registraram altas expressivas: 23 casos de sífilis em gestantes (+64,29%) e 14 de sífilis congênita (+133,33%).
A intensificação das ações de vigilância, educação em saúde e atendimento nas unidades básicas é essencial para evitar o agravamento desses cenários ao longo do ano.