Justiça nega recurso, mantém júri e prisão de grupo que matou idoso a pedradas

Os três acusados pela morte violenta de Antônio Carlos Egas, de 63 anos, assassinado a pedradas na zona norte de Marília, continuarão presos até julgamento. Eles tiveram negado recurso contra a pronúncia – que mandou o caso ao Tribunal do Júri – e renovadas as prisões preventivas.
Duas mulheres e um homem respondem pelo crime. A denúncia aponta morte premeditada, combinada entre os envolvidos, em função de suposta importunação sexual do aposentado contra uma adolescente de 14 anos.
A decisão de manter os réus presos é da 1ª Vara Criminal e foi publicada na terça-feira (1º). O caso já chegou às mãos da juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, responsável pela pauta dos julgamentos.

A magistrada ponderou que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) já havia mantido, em fevereiro deste ano, a decisão da 2ª Vara Criminal de Marília que pronunciou os réus.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou os acusados por homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel. A defesa ainda pode apresentar novos pedidos, mas os acusados continuam presos até o julgamento, caso não seja alterada a situação do processo.
CRIME
Conforme mostrou o Marília Notícia, o crime ocorreu em março de 2023, quando a vítima foi atacada violentamente com pedradas e não resistiu aos ferimentos, após um período de internação hospitalar.
Para a autoridade policial que conduziu o inquérito, “não restam dúvidas que a motivação do crime se deu como forma de represália”, pois as duas suspeitas tinham conhecimento dos “antecedentes criminais que a vítima possuía por suposta prática de crime sexual.”
Havia também um relato de importunação sexual praticada pelo idoso, que teria abordado e ameaçado uma menor, enquanto ela trabalhava na barraca da família, em uma feira livre.
Um dia antes do crime, o idoso já havia sido ameaçado. O homem acusado no processo teria sido persuadido à executar o crime, sob a influência das outras duas rés.