Jejum intermitente: a dieta para quem não consegue fazer dieta
O cenário é clássico: você promete fazer uma dieta para perder aqueles quilinhos chatos, mas não consegue cumprir com o próprio combinado e acaba desistindo de tudo. Para quem já está acostumada e cansada de não conquistar o resultado desejado, o jejum intermitente pode ser uma solução.
“Funciona assim: você foi em uma festa e comeu sem parar até as 21h. Depois você só vai voltar a se alimentar às 13h do dia seguinte”, explica a nutricionista funcional Flávia Cyfer, “desta forma você fica 16h em jejum e equilibra a alta ingestão calórica do dia anterior. Nesse período, água, chá e café são liberados. E se você sentir que consegue fazer alguma atividade física, melhor ainda”.
Pode ser assustador a princípio, mas há estudos que indicam que a prática pode funcionar tão bem quanto uma dieta restritiva e traz alguns benefícios ao organismo, como explica a endocrinologista Flavia Junqueira.
“O corpo identifica que algo diferente está acontecendo, o que acarreta alterações hormonais. Lembre-se da última que você ficou um longo tempo sem comer. No início foi muito mais difícil, não é mesmo? Mas nas horas seguintes você não teve a sensação de que a fome foi passando? Então, isso acontece pois o jejum intermitente permite manter os níveis de leptina (hormônio que controla o apetite) constantemente altos. É como se você conseguisse ‘enganar’ o seu metabolismo, e, mesmo estando em jejum, com a leptina se mantendo alta, a fome seria menor. Além disso, o jejum intermitente promove a melhora da sensibilidade das células à insulina, diminuindo seus níveis no organismo – sabemos que a maioria dos indivíduos com sobrepeso apresenta altos níveis desse hormônio lipogênico, responsável pela formação de gordura. Além disso, essa prática também provoca o aumento dos níveis de GH, hormônio lipolítico, isto é, responsável pela queima de gordura”.
Fonte: RevistaVogue