Polícia prende empresário com munições e rinha de galo em Marília

O Setor de Investigações Gerais (SIG) e a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da Polícia Civil de Marília, em ação conjunta com a Polícia Militar Ambiental, prendeu um empresário de 39 anos na manhã desta sexta-feira (17). Ele foi autuado em flagrante por maus-tratos a animais, posse irregular de munições e prática de rinha de galo. Além disso, recebeu uma multa de R$ 67 mil.
A operação ocorreu na residência do suspeito, na rua Lídia de Freitas Beraldo, onde foram encontrados 13 galos confinados em gaiolas de madeira com espaço reduzido, além de dois canários-da-terra mantidos ilegalmente em cativeiro. No local também havia medicamentos usados no tratamento de galos feridos em rinhas.
No quarto do empresário, os policiais localizaram uma munição intacta de calibre .380, sete cápsulas deflagradas e um cofre. Mais três munições intactas do mesmo calibre estavam no maleiro de um guarda-roupas, enquanto 36 munições de calibre .22 foram encontradas em um armário na garagem. O suspeito confirmou a posse dos itens e declarou ter uma arma, supostamente entregue a um amigo, mas se recusou a identificá-lo.
Em outra propriedade vinculada ao empresário, na rua Narciso Ribeiro, a polícia descobriu mais galos, alguns com sinais de ferimentos e mutilações, além de um ringue, quatro buchas e três biqueiras usados nas rinhas.
A Polícia Militar Ambiental e o Centro de Controle de Zoonoses de Marília foram acionados para inspecionar os animais. Os profissionais confirmaram o estado de maus-tratos, com dois galos apresentando lesões graves. Cinco aves foram encaminhadas à ONG Defesa Animal de Marília, enquanto os canários-da-terra foram transferidos para um local apropriado.
Além dos animais, a polícia apreendeu munições, acessórios usados nas rinhas, seringas, medicamentos e placas utilizadas durante as competições ilegais. No total, foram confiscados 36 munições calibre .22, quatro munições intactas de calibre .380, sete cápsulas deflagradas, 15 frascos de medicamentos, nove seringas, um tubo de pomada de uso veterinário e 10 placas para rinha de galo.
O empresário foi preso em flagrante e teve a fiança negada, já que a soma das penas previstas para os crimes supera quatro anos de prisão. Ele foi encaminhado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília e permanece à disposição da Justiça. O caso segue em investigação para identificar outros possíveis envolvidos.
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