Suspeito de matar garoto participou das primeiras buscas feitas pela família

Acusado de matar o garoto Mateus Bernardo Valim de Oliveira de 10 anos, Luís Fernando Silla de Almeida teria participado das primeiras buscas pela vítima, ainda na última quarta-feira (11), no dia do desaparecimento do menino. O homem foi preso temporariamente e encaminhado para unidade prisional da região de Assis.

De acordo com informações obtidas pelo Marília Notícia, a mãe de Mateus, Andressa Valim, teria sido ouvida formalmente na última sexta-feira (13), na sede da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), quando informou que o garoto saiu de casa por volta das 13h, como costumava fazer todos os dias.

A mulher conta que começou a se preocupar por volta das 16h, já que Mateus ainda não tinha retornado. Andressa diz que passou a ligar para pessoas que pudessem saber do paradeiro do filho, mas ninguém tinha notícias. A mãe de Mateus chegou a ligar para o acusado, que é vizinho da família. Ele teria afirmado não saber o paradeiro do garoto.

A mãe da vítima ainda relatou em seu depoimento que Luís Fernando Silla de Almeida e outras pessoas auxiliaram nas buscas iniciais por Mateus. Como não havia sinal do garoto, decidiu então procurar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento.

Após vários dias de buscas e de intenso trabalho de investigação, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Almeida. A ordem judicial foi expedida após surgirem imagens de câmeras de segurança, que mostram a vítima pedalando de bicicleta ao lado do homem.

Ao ser ouvido pelos policiais civis na sede da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o suspeito inicialmente não confessou o crime, mas admitiu que esteve na mata existente nas imediações do Tênis Clube, junto com Mateus, depois de ser confrontado pelas imagens de câmeras de segurança. Neste primeiro depoimento, ele teria dito que apenas conversou com a vítima e deixou o local em seguida.

Diante de várias inconsistências em seu relato e do que foi apurado, os policiais solicitaram apoio do Canil da Polícia Militar, quando foi realizada uma busca minuciosa na mata e o corpo do garoto foi encontrado. Apesar das buscar, os braços e a cabeça do menino não estavam no local e ainda não foram localizados. Ainda assim, familiares reconheceram a camiseta e a bermuda, que estavam próximas.

Diante das circunstâncias, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do suspeito, que foi concedida pela Justiça. Luís Fernando Silla de Almeida, que já estava na sede da DIG, passou por exame de corpo de delito e posteriormente foi encaminhado para unidade prisional da região de Assis.

O corpo de Mateus foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), para verificação da causa da morte e coleta de material genético, tanto da vítima como do autor do crime, se possível. Não está descartada a hipótese de abuso sexual. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Assis.

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