Museu de Paleontologia completa 20 anos com visitação de até três mil pessoas por mês
O Museu de Paleontologia de Marília completou 20 anos de atividades nesta segunda-feira (25). O local de exposição e educação promove turismo, cultura e o conhecimento sobre a vida dos dinossauros e de outros seres pré-históricos que viveram na região de Marília há cerca de 70 milhões de anos. Com monitores, palestra educativa e uma sala de multimídia para uma imersão em 3D sobre a pré-história vem atraindo cerca de três mil visitantes por mês.
O espaço foi inaugurado em novembro de 2004 pela Prefeitura como resultado do acervo de fósseis proveniente dos trabalhos de escavações e pesquisas do paleontólogo mariliense William Nava. Ele iniciou o seu trabalho em 1993 com a coleta de fósseis pela zona rural da cidade, tornando-se, ao longo dos anos, um dos principais centros de pesquisa e estudo de fósseis de todo o Estado de São Paulo e do país.
O Museu de Paleontologia é reconhecido em todo o Brasil e até mesmo no exterior, devido à exposição de fósseis de dinossauros. O próprio descobridor dos fósseis é coordenador do Museu e curador do acervo de fósseis. O público tem a oportunidade de ver de perto os fósseis encontrados e batizados com os nomes das cidades onde foram encontrados, como os primitivos crocodilos Mariliasuchus e Adamantinasuchus. O acervo conta ainda com ovos fossilizados de crocodilos, fósseis de animais invertebrados, bem como réplicas de dinossauros retratando cenários hipotéticos de como era a região há milhões de anos.
O Museu tem importantes parcerias técnico-científicas com instituições e museus pelo Brasil, como a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Museu Nacional da UFRJ e com o Museo Argentino de Ciencias Naturales (MACN), de Buenos Aires, Argentina) e Natural History Museum, de Los Angeles (EUA), envolvendo análises e estudos de fósseis.
Reinaugurado em outubro de 2022, após passar por uma remodelação e modernização. A reforma ampliou a proposta do museu, com melhoria dos espaços internos e aquisição das réplicas de dinossauros, inclusive de um titanossauro, com cerca de 12 metros de comprimento, na parte externa do Museu.
Segundo o secretário municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Nelson Mora, a Prefeitura de Marília, juntamente com o Conselho Municipal de Turismo (Comtur), aplicaram o recurso financeiro do Município de Interesse Turístico (MIT) no museu.
“Os achados paleontológicos em nossa região, descobertos por um mariliense, criou uma identidade peculiar ao nosso município, rica em fósseis de dinossauros, e seu acervo preservado em um museu um forte apelo turístico, que vem atraindo público de toda a região e país para conhecer esse legado”, declarou Mora.
O prefeito Daniel Alonso (PL) destacou que foi em seu governo que a cidade conquistou o título de MIT e o Museu ganhou sua reforma, tornando-se hoje uma referência em divulgação e preservação da nossa pré-história para todo o Brasil. “Temos muito orgulho do trabalho de Nava na paleontologia e mais orgulho ainda de ter garantido essa preservação e divulgação dessa riqueza científica e histórica”, concluiu.