PF cobra mais informações, Prefeitura de Tupã pede prazo e faz auditoria
A Polícia Federal concedeu um prazo para a Prefeitura de Tupã iniciar uma auditoria nas contas da cidade, depois de solicitar informações complementares em relação a programas de distribuição de renda e benefício, que irão compor o inquérito policial sobre o suposto esquema criminoso de desvio de recursos da Lei Aldir Blanc.
O valor supostamente desviado ultrapassaria os R$ 500 mil, quantia originalmente destinada ao auxílio de profissionais do setor cultural durante a pandemia da Covid-19. O caso aponta o suposto envolvimento de 19 pessoas, incluindo o atual prefeito Caio Aoqui (PSD).
Segundo o relatório da PF, encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), a denúncia foi feita em 2022, depois que uma servidora comissionada da Prefeitura relatou supostas irregularidades. A investigação teria apontado que alguns dos contemplados com o auxílio cultural teriam feito doações para campanhas eleitorais no município, em suposta distribuição ilegal dos recursos.
Os crimes investigados envolvem estelionato, peculato e participação em organização criminosa. A Polícia Federal suspeita que este suposto esquema possa ser apenas uma parte de algo mais amplo, com sinais de desvios em outros programas.
O relatório apresentado ao MPF em 25 de setembro, que pede o indiciamento dos suspeitos, foi considerado inconclusivo. O documento foi devolvido à PF para inclusão de novas informações.
Conforme a Polícia Federal, a iniciativa da auditoria é vista com bons olhos, já que o procedimento será importante para desvendar eventuais outros problemas ou até direcionar corretamente as investigações. Não houve um prazo específico estipulado, porém, inicialmente em 30 dias a Prefeitura deve vir a ser questionada novamente.
OUTRO LADO
O Marília Notícia solicitou um posicionamento ao prefeito Caio Aoqui sobre o caso, mas até o momento não recebeu respostas. Caso haja manifestação, a reportagem será atualizada.