Mais de 45 mil eleitores não compareceram às urnas em Marília
As eleições municipais deste domingo (6) em Marília foram marcadas por um dado preocupante: 45.594 eleitores, ou 26,4% do total apto a votar, não compareceram às urnas. Apesar da alta abstenção, houve uma leve melhora em relação à última eleição municipal, realizada em 2020, quando 53.185 eleitores (29,73%) se abstiveram. A diminuição de cerca de 7,5 mil eleitores ausentes sinaliza uma leve recuperação no engajamento, embora ainda indique um distanciamento significativo da população do processo eleitoral.
Dos 172.844 eleitores aptos, 113.370 votos válidos foram registrados, enquanto 7.793 votos foram nulos (6,12%) e 6.087 em branco (4,78%). Na eleição anterior, os votos nulos somaram 9.699 (7,71%) e os brancos foram 6.849 (5,45%). Mesmo com a pequena redução no percentual de abstenção, brancos e nulos, a alta taxa ainda levanta questões sobre o envolvimento dos marilienses nas decisões políticas da cidade.
Em meio a essa abstenção, Vinicius Camarinha (PSDB) confirmou seu favoritismo, sendo eleito prefeito de Marília com 62.050 votos (54,73%). O segundo colocado foi Ricardinho Mustafá (PL), com 22.713 votos (20,03%), seguido por Garcia da Hadassa (Novo), com 18.625 votos (16,43%). Nayara Mazini (Psol) obteve 6.414 votos (5,66%), João Pinheiro (PRTB) 3.397 votos (3%), e Lilian Miranda (PCO) recebeu 171 votos (0,15%).
A soma de abstenções, votos brancos e nulos representa quase 60 mil eleitores que, de alguma forma, não participaram ativamente do processo de escolha do novo prefeito. Esse número, mesmo menor do que o registrado em 2020, aponta para uma tendência de falta de representatividade e desinteresse político.