Justiça suspende pesquisa eleitoral em Tupã por irregularidades
A Justiça Eleitoral da 143ª Zona Eleitoral de Tupã concedeu uma liminar para suspender a divulgação de uma pesquisa eleitoral realizada pela empresa AR7 Pesquisas Inteligentes Ltda. A decisão foi motivada por uma ação impetrada pela coligação “Tupã do Lado Certo”, do candidato a prefeito Wilson Quilão (PSD), que apontava irregularidades no processo de coleta e divulgação dos dados da pesquisa.
De acordo com a decisão, a pesquisa da AR7 não cumpriu o prazo mínimo de cinco dias entre o registro e a divulgação dos resultados, conforme estipulado pela Lei das Eleições e pela Resolução TSE nº 23.600/2019. O registro foi feito no dia 28 de setembro de 2024, e a divulgação estava prevista inicialmente para 4 de outubro, mas foi antecipada para esta quarta-feira, dia 2 de outubro, desrespeitando a norma legal.
Além disso, a ação mencionava que a empresa responsável pela pesquisa possui um histórico de suspeitas de fraudes em outras localidades, onde também, supostamente, enfrentou processos judiciais que resultaram na suspensão de pesquisas. A coleta de dados, realizada em vários bairros em menos de um dia, também foi considerada um fator de desconfiança pela coligação “Tupã do Lado Certo”, levantando dúvidas sobre a veracidade e a integridade dos resultados. No entanto, o mérito dessas acusações não foi discutido na decisão liminar.
Vale destacar que a pesquisa suspensa da AR7 apresentou resultados discrepantes em relação a outro levantamento, divulgado ontem (1º) e considerado legal, no qual Wilson Quilão (PSD) liderava com 42,4% das intenções de voto, seguido de perto por Renan Pontelli (PSDB), com 40,7%.
O juiz José Augusto Franca Junior decidiu que a pesquisa da AR7, que colocava Pontelli com ampla vantagem, não atendia às exigências legais para ser regularmente divulgada. Com base nisso, suspendeu a divulgação da pesquisa e determinou uma multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento.
A empresa AR7 Pesquisas Inteligentes tem dois dias para apresentar defesa, e o Ministério Público Eleitoral será ouvido antes da decisão final.
O Marília Notícia não conseguiu contato com a empresa para obter um posicionamento. O espaço permanece aberto e o texto será atualizado caso haja retorno.