Viúva pega nove anos e cúmplice quatro pelo assassinato de fazendeiro
Após dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri condenou nesta quarta-feira (18) a viúva Elisângela Silva Paião e o funcionário público Fabrício Severino Gomes Merilis pelo envolvimento em uma emboscada contra o fazendeiro Airton Braz Paião, em setembro de 2022, na zona rural de Iepê, entre Assis e Presidente Prudente.
O ataque premeditado resultou na tentativa de homicídio de Airton e, dias depois, em seu assassinato, dentro de um hospital.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Elisângela, junto com seu amante, o policial militar Marcos Francisco do Nascimento, teria planejado a emboscada para garantir que a viúva recebesse a herança de Airton.
Usando um perfil falso no WhatsApp, Marcos atraiu o fazendeiro para um local isolado, onde ele foi brutalmente atacado. Marcos e Fabrício alvejaram Airton com quatro tiros na cabeça e o esfaquearam nas costas. Apesar da gravidade dos ferimentos, Airton sobreviveu e foi hospitalizado.
Três dias depois, como policial, Marcos invadiu o hospital onde Airton se recuperava e o matou com um disparo à queima-roupa, antes de tirar a própria vida no local.
O Tribunal condenou Elisângela a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Já Fabrício, que participou do ataque inicial, foi condenado a quatro anos de reclusão em regime aberto.
A defesa de Fabrício argumentou que não havia provas concretas que vinculassem o réu diretamente ao crime. A defesa de Elisângela sustentou que Marcos agiu por conta própria e que a viúva não participou do planejamento ou execução do ataque.
Elisângela e Fabrício permanecem presos na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista (SP) e no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá, respectivamente. Eles podem recorrer.
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Com informações do site Abordagem