Atletas da Amei de Marília brilham nas Paralimpíadas de Paris
O desempenho dos atletas da Associação Mariliense de Esportes Inclusivos (Amei) foi motivo de orgulho para Marília e para o esporte paralímpico brasileiro nas Paralimpíadas de Paris.
Alana Maldonado: Bicampeã Paralímpica no Judô
Na Arena Campo de Marte, em Paris, a judoca Alana Maldonado, de 29 anos, conquistou o bicampeonato paralímpico na categoria até 70 kg (classe J2) ao derrotar a chinesa Yue Wang.
Alana, que já é líder mundial em sua categoria, superou a rival pela primeira vez após três confrontos anteriores. A vitória veio após um wazari validado pela arbitragem, e logo depois, a brasileira garantiu a medalha de ouro com um ippon decisivo.
Alana, natural de Tupã, é a única mulher do judô paralímpico brasileiro a conquistar duas medalhas de ouro na história dos Jogos. Sua jornada no esporte começou ainda na infância, mas foi após a descoberta da doença de Stargardt, aos 14 anos, que ela se dedicou ao paradesporto. Sua vitória em Paris solidifica seu lugar entre as grandes atletas da modalidade.
Rebeca Silva: A redenção no tatame
Rebeca Silva, outra atleta da Amei, brilhou na categoria acima de 70 kg (classe J2), conquistando o ouro em um confronto emocionante contra a cubana Sheyla Estupinan.
A brasileira já havia enfrentado a rival em uma semifinal polêmica no Parapan de Santiago, em 2023, quando foi derrotada. Desta vez, Rebeca vingou a derrota com uma vitória por ippon, após um tani-otoshi decisivo.
Essa vitória não só rendeu mais uma medalha de ouro para o Brasil, mas também contribuiu para a maior campanha paralímpica da história do país, que superou as 22 medalhas de ouro conquistadas em Tóquio. Com 23 ouros em Paris, o Brasil consolida sua posição de destaque nos Jogos Paralímpicos.
Daniel Martins: Superação na pista
O velocista mariliense Daniel Martins, recordista paralímpico dos 400 metros T20, conquistou o sétimo lugar na prova. Daniel fez o tempo de 48s91, enquanto o vencedor, o colombiano Obando Asprilla, alcançou 48s09.
Apesar de não subir ao pódio, Daniel já tem seu nome marcado na história do esporte com o recorde de 47s22, estabelecido no Rio em 2016. O atleta não era o favorito, mas seu desempenho ainda assim foi elogiado por ter mantido a competitividade entre os grandes nomes da modalidade.