O que propõe (ou não) cada um dos ‘prefeitáveis’ para o Ipremm
O eleitor mariliense já pode conferir os planos de governo dos candidatos e candidatas à Prefeitura de Marília na página de divulgação de candidaturas e contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nem todos, no entanto, trazem alguma solução para o principal desafio financeiro que a próxima gestão vai herdar em 2025: a dívida milionária da cidade com o Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm).
O órgão é responsável pelos pagamentos das aposentadorias e pensões dos servidores públicos municipais de Marília. Atualmente, são 2.681 beneficiados. A folha de pagamento está em R$ 15,4 milhões.
As informações constam no Portal de Transparência do Ipremm, que expõe o atual passivo da Prefeitura de Marília com o seu próprio instituto: R$ 700 milhões. O valor corresponde a 41% do orçamento municipal de R$ 1,7 bilhão previsto para 2025.
PROPOSTAS
Quatro das seis candidaturas propõem soluções para o Ipremm. Vinicius Camarinha (PSDB) cita a adoção de “estratégias” que “solucionem as dívidas de curto, médio e longo prazo”, sem especificar nenhuma delas.
A campanha de Garcia da Hadassa (Novo) aponta uma alternativa: “realizar leilões de patrimônio público municipal sem uso e investir os valores arrecadados no fundo previdenciário”.
O programa de Nayara Mazini (Psol) fala em “recuperação” do Ipremm com “auditoria cidadã para pagamento da dívida, buscando parceria junto ao governo federal e garantia de repasse patronal regular das contribuições e aportes”.
Já Ricardo Mustafá (PL) sugere em seu plano de governo uma “reestruturação” do Ipremm com adoção de “novas medidas” como “alterações de alíquotas e revisão do regime de segregação da massa”.
Apesar da gravidade financeira aos cofres municipais, o Ipremm sequer foi citado nos programas de governo apresentados ao TSE pelos candidatos João Pinheiro (PRTB) e Lilian Miranda (PCO).