Dono de coleção sobre o Silvio Santos, morador de Marília pretende montar exposição
Atualmente trabalhando na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o jornalista João Paulo dos Santos, que por seis anos atuou como diretor de Comunicação da Prefeitura de Marília, lamentou a morte do empresário e apresentador Silvio Santos. Fã desde a infância do ícone da comunicação brasileira, o jornalista é um dos maiores colecionadores do país de revistas relacionadas ao ídolo e ao SBT, além de diversos outros objetos.
De acordo com João Paulo dos Santos, que carrega o mesmo sobrenome adotado pelo apresentador, que na verdade se chamava Senor Abravanel, ele começou a acompanhar o ídolo ainda na infância, assistindo os programas aos domingos na casa de sua avó.
“Acompanho o Silvio Santos desde que me entendo por gente. Assistia na minha avó, aos fins de semana, em uma televisão preta e branca. Ela não tinha a cores e minha avó colocava uma tela colorida na frente, tipo um acrílico, para ter uma ‘corzinha’. Desde essa época comecei essa paixão por ele e pelo SBT”, conta João Paulo.
Baseado em tudo que acompanhava sobre o apresentador, João Paulo dos Santos decidiu que se tornaria um profissional da comunicação. Foi assim que decidiu ingressar na carreira de jornalista, quando ainda tinha apenas 10 anos de idade, na cidade de Garça.
“A partir daí só pensava nisso. Queria fazer a minha faculdade e trabalhar com o jornalismo, principalmente na TV. Na adolescência, comecei a juntar coisas dele, que virou tudo isso. Tenho 100 revistas, uns 30 LPs, 15 livros de biografia, jogos de tabuleiro, alguns jornais bem antigos, selos e outros objetos”, revela o jornalista.
O mais próximo que chegou de Silvio Santos foi conhecendo a filha e esposa do apresentador. O primeiro contato foi no Instituto Neymar Junior, quando conheceu a filha Patrícia Abravanel e a esposa Íris Abravanel. Anos mais tarde, durante uma visita ao SBT, novamente se encontrou com Patrícia e fez uma verdadeira imersão nos estúdios do império construído por Silvio Santos.
“No SBT foi encantador. Lá existe um museu, bem na entrada dos estúdios, que a gente consegue ter contato. Eu tirei as fotos com a antiga BMW do Silvio Santos, a sala de troféus, onde ficam os troféus imprensa que ele ganhou, maquetes e estátuas de gesso. É muito emocionante. Parece que você sente a presença do cara lá, sabe? Depois conheci o antigo estúdio da Eliana, o estúdio da Praça é Nossa, do Passa ou Repassa, do Domingo Legal. É uma imersão e parece que você volta no tempo, desde aquela época de criança mesmo. Você fica alucinado. Essa é a palavra”, relata João Paulo.
Ele soube da morte do apresentador no sábado, quando estava em viagem de trabalho. “Quando eu vi, não acreditava. Por mais que a gente soubesse que ele estava passando por dificuldades, existia muita especulação. Nos primeiros dias de internação, o SBT desmentiu”, lembra.
Sobre o que sentiu: “a gente fica triste, fica chateado, mas foi como ele quis. Foi uma despedida honrosa. Uma despedida religiosa, como ele quis. Ele quis que ficassem as imagens somente dele no palco, que é onde ele reinava. Eu acho que ficou bonito desse jeito. Ele quis que ficasse a imagem dele de comunicador, sorrindo, com aquele sorriso largo e aquela gargalhada gostosa que a gente acostumou ver. Eu acho que é uma das primeiras vezes na nossa vida, aqui no Brasil, que a gente consegue celebrar a morte de alguém com alegria e descontração”, afirma o jornalista.
Os objetos que colecionou de Silvio Santos durante muitos anos agora devem fazer parte de uma exposição que João Paulo dos Santos pretende fazer.
“Eu posso fazer uma exposição do Silvio Santos. Eu venho pensando nessa exposição há uns cinco anos, só que eu não consegui colocar ela ainda em prática. Pedi autorização para a assessoria do SBT e me disseram que eu poderia fazer, com o aval do SBT e da família, porque era uma exposição de colecionador”, finaliza o jornalista.
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