Justiça nega pedido do PL que contesta pesquisa eleitoral em Marília
O juiz eleitoral Marcelo de Freitas Brito negou o pedido liminar feito pelo Partido Liberal (PL) de Marília, que contesta a legitimidade da pesquisa de intenção de votos divulgada nesta segunda-feira (19). A legenda aponta irregularidades no processo e pedia a impugnação do estudo conduzido pela empresa Colectta Instituto de Pesquisa e Estatística Ltda.
“A alegação de que a empresa teria sido recém-constituída também não procede. O simples fato da representada ter se estabelecido há pouco tempo, por si só, não pode levar à impugnação da pesquisa. Não verifico, também, os vícios relacionados à metodologia utilizada pela empresa, uma vez que trata-se de ato discricionário da própria empresa qual metodologia irá adotar”, escreveu o juiz em sua decisão.
Apesar de rejeitar o pedido de urgência, Brito ainda não analisou o mérito da ação. No documento, além de apontar que a empresa responsável pela pesquisa foi constituída no início deste ano, o partido afirma que a responsável pelo levantamento não teria cumprido com todos os requisitos exigidos pela legislação, incluindo a falta de informações sobre o faturamento e os índices locais de aplicação da pesquisa.
O PL também destacou que não é a primeira vez que contesta pesquisas eleitorais na cidade, citando um caso na semana anterior em que outra pesquisa acabou não sendo divulgada.
“O PL reforça que, além de questionar a Colectta na Justiça, protocolou na data de ontem, dia 18 de agosto, ação na Justiça, e nesta tarde irá protocolar junto ao Ministério Público Eleitoral e na Polícia Federal um pedido para apurar possível fraude e suspensão da divulgação da pesquisa eleitoral, assim como já foi feito em outros momentos com indícios de pesquisas suspeitas e fraudulentas. O partido segue em frente até derrubar mais esta pesquisa que se propõe confundir o eleitor”, diz nota.
O partido requereu a concessão da liminar para que fosse determinada a suspensão da divulgação do resultado da pesquisa. No mérito, além de impedir a divulgação do resultado da pesquisa questionada, a intenção é aplicação de multa à empresa responsável pela pesquisa.
O levantamento divulgado nesta segunda-feira indica que o candidato Vinicius Camarinha (PSDB) lidera as intenções de voto, seguido por Garcia da Hadassa (Novo), único a apresentar crescimento na pesquisa realizada pela Colectta.
No primeiro estudo, divulgado em julho pelo Instituto Paraná Pesquisas, Garcia também ocupava a segunda posição, mas com números inferiores. Já o candidato do PL, Ricardo Mustafá, registrou uma significativa queda entre as duas pesquisas.