Prefeitura faz demolição de poliesportivo abandonado
Após mais de dois anos do trânsito em julgado da sentença que obrigou a Prefeitura de Marília a cuidar de áreas públicas abandonadas, a administração municipal decidiu demolir o antigo Poliesportivo Olício Gadia, da Vila Altaneira, na zona leste da cidade. A decisão judicial, resultado de uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), foi impulsionada por representações enviadas pela Marília Transparente (Matra).
No dia 17 de maio de 2022, a Justiça determinou em definitivo que a Prefeitura de Marília realizasse as obras necessárias para reparar os danos e evitar o desperdício de dinheiro público em 18 espaços públicos municipais, que estavam em estado de abandono em várias regiões da cidade. Um dos locais era o poliesportivo localizado na Vila Altaneira, mas outros também foram apontados.
Mais de dois anos após a determinação, a Prefeitura demoliu as estruturas que ainda estavam em pé, do espaço para práticas de atividades esportivas da população. A expectativa dos moradores, desde 2020, era de uma reforma completa do local, depois que uma licitação foi concluída com sucesso, mas a intervenção nunca começou.
Segundo a Prefeitura de Marília, o campo de futebol do Poliesportivo Olício Gadia foi remodelado. A Secretaria Municipal de Esportes havia arrumado o gramado, mas a parte mais antiga do local ainda não havia passado por adequação. O local foi demolido pela Secretaria Municipal de Obras Públicas, para ser revitalizado.
Um projeto da Secretaria Municipal de Esportes visa a construção de um novo espaço, com quadra poliesportiva e outas práticas esportivas, além de um lugar para caminhada. A informação passada pela Prefeitura é que os trabalhos devem começar nas próximas semanas.
A Ação Civil Pública também apontou espaços abandonados, como o Centro Comunitário Integrado Américo Capelloza, cujo laudo pericial apontou um cenário de abandono extremo, com vandalismo, arrombamentos e até uma família morando nas dependências.
Relatórios técnicos elaborados por engenheiros, a pedido do CAEx, órgão auxiliar do MP-SP, evidenciaram o abandono generalizado desses espaços, como o antigo Parque Aquático Municipal, que agora irá abrigar uma nova escola, e diversos centros comunitários, que se encontravam em condições precárias e sem acessibilidade para pessoas com deficiência.
O local do antigo Parque Aquático receberá uma escola e um centro esportivo. Um contrato foi assinado pela Prefeitura de Marília no valor de R$ 35,4 milhões.