Vinicius evita revisitar seus erros de gestão para conter rejeição nas urnas
Oito anos após ser derrotado nas urnas em sua campanha de reeleição à Prefeitura de Marília, o deputado estadual Vinicius Camarinha (PSDB) está às vésperas de mais uma disputa pelo poder municipal.
Líder isolado na intenção de votos segundo duas pesquisas divulgadas até o momento, o deputado também é quem sofre maior rejeição do eleitorado, de acordo com os levantamentos.
Quanto à liderança após a divulgação da primeira pesquisa, Vinicius não demorou a comentar em suas redes sociais. “Quero agradecer aos quase 50% dos eleitores que estão do nosso lado”, afirmou. Mas, sobre a rejeição, nenhuma palavra.
FANTASMAS
Vinicius tem evitado tratar de temas sensíveis à sua candidatura. Sobretudo, os que remetem aos seus dilemas da primeira e única gestão em Marília, entre 2013 e 2016, e que deverão ser explorados por seus adversários.
A greve de 35 dias dos servidores públicos municipais, a maior da história da cidade, a demora em reagir a uma epidemia de dengue com vítimas fatais e o problema da coleta de lixo após ser derrotado nas urnas estão entre seus principais erros de gestão.
“Em um governo, algumas coisas vão bem, outras não”, afirmou Vinicius, em recente entrevista da semana ao Marilia Notícia. “Eu sei o que deu certo e errado”, completou quando perguntado sobre o que o credencia a ser candidato.
ESTRATÉGIA
Desde o lançamento de sua pré-campanha em março, Vinicius tem apontado seu discurso para o futuro, permeado com novas promessas de campanha lastreada de recursos “garantidos” nos governos paulista e federal por sua influência política.
A estratégia de descolamento com seu passado administrativo passou por bairros e diferentes ambientes profissionais da cidade em reuniões semanais para coleta de sugestões ao plano de governo “participativo”.