Acusados de matar olheiro que ‘dormiu em serviço’ seguem presos, decide a Justiça
A Justiça de Marília voltou a negar liberdade a Erick Berloto, mais conhecido como “Cabelo”, de 32 anos, e Lucas Ferreira dos Santos, 25, o popular “Gordo”. Eles são acusados de homicídio qualificado, pela morte de Fernando Ferreira Gomes, de 50 anos, em abril do ano passado.
O caso tramita pela 2ª Vara Criminal, que publicou a decisão nesta quarta-feira (17). O magistrado que analisou o caso apontou que “não há alteração fática ou jurídica superveniente (novo fato) que justifique a revogação da medida extrema.”
O juiz ainda pontuou se tratar de crime grave, “cometido com violência e grave ameaça à pessoa e, conforme informações coligidas dos autos, os réus não possuem residência fixa e se dedicam exclusivamente ao comércio ilegal de drogas.”
CRIME
O crime aconteceu na favela da Vila Barros, zona Norte da cidade. As investigações apontaram que a vítima servia como “olheiro” do tráfico no local e teria dormido durante seu turno de vigilância.
Os acusados, supostos donos do “negócio”, teriam eliminado o olheiro para “dar exemplo àqueles que não desempenham suas funções satisfatoriamente.” Gomes foi brutalmente espancado a pauladas e sofreu diversos ferimentos. O corpo encontrado estava sem roupa, boiando em um córrego.
O juiz da 2ª Vara Criminal de Marília determinou ainda a interrupção do prazo de 90 dias para a conclusão do processo e marcou audiência de interrogação, debates e julgamento para o dia 21 de maio deste ano.
Além da dupla, respondem pelo crime em liberdade Edelson Martins Capitano e Stefanie Crislaine Ribeiro Santos Pereira.
Após a nova audiência, os acusados poderão ser absolvidos ou receber sentença de pronúncia desfavorável, com indicação ao banco dos réus. A pena para o crime pode chegar a 30 anos de prisão.