Corregedoria afasta diretoria do Cacam; interventora assume
A Corregedoria Geral do Município determinou o afastamento da diretoria do Centro de Apoio à Criança e Adolescente de Marília (Cacam). A decisão foi publicada nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial do Município.
Na mesma portaria, a Corregedoria designa a administração integral da instituição à interventora que já havia sido designada pelo órgão e que acompanha as rotinas da casa desde 13 de junho.
Ainda na mesma decisão, a Corregedoria determinou que a interventora “deve ter disponibilizadas todas as chaves” e ainda “acesso irrestrito a todos os ambientes e documentos da instituição.”
O Cacam está sob intervenção desde 23 de maio deste ano. A Corregedoria informou, por portaria, que a decisão ocorreu após “recorrentes reclamações” recebidas sobre a “situação da instituição”.
RELATÓRIO
O afastamento da diretoria acontece após apresentação de relatório da interventora, cujo nome não foi divulgado, segundo portaria publicada nesta quinta-feira (18). Ela cita dificuldades de acesso a informações e de contato com funcionários e dirigentes.
“Para mim ficou evidenciado que tanto o presidente quanto a equipe técnica do Cacam não me querem na entidade, que o incômodo é geral e que há falhas administrativas e comportamentais em relação às crianças que precisam ser corrigidas com urgência”, relatou a interventora na portaria.
Fundado em julho de 1992, o Cacam atende crianças de zero anos a adolescentes de 17 anos e 11 meses encaminhados pela Vara da Infância e Juventude. A gestão é mantida por voluntários e apoio de empresas de Marília.
O Marília Notícia apurou que a entidade tem recebido frequentemente demanda superior à sua estrutura física e financeira para atender 20 assistidos, além de contar com número insuficiente de funcionários.
Procurada pelo MN, a presidência do Cacam não havia se posicionado sobre a decisão da Corregedoria até a publicação desta matéria. Caso o faça, este texto será atualizado. O espaço segue aberto.
DESCENTRALIZAÇÃO
Como já noticiado pelo Marília Notícia, o município prevê a descentralização do serviço de acolhimento a menores em situação de vulnerabilidade, que hoje é realizado exclusivamente pela entidade.
Com a medida, Marília deve ganhar uma nova unidade a fim de abrigar crianças e adolescentes na região sul da cidade. O chamamento público está em andamento.