Psicólogas denunciam homem por perseguição na Polícia Civil
Duas psicólogas, de 26 e 25 anos – que atuam no atendimento online – procuraram a Polícia Civil de Marília para denunciar perseguições obsessivas por parte de um homem em Marília. O stalker (perseguidor) tem 37 anos e já está identificado. Ele teria iniciado contato se passando por paciente.
O caso teve início quando o suspeito contatou uma das vítimas por uma rede social. Ele iniciou uma vídeochamada supostamente para obter informações sobre orientação psicológica.
Durante a conversa, que durou cerca de dez minutos, a profissional falou sobre o método terapêutico e apresentou os valores de suas consultas, como faz habitualmente com todos os pacientes.
No entanto, após a chamada, ele começou a perseguir a psicóloga de forma insistente, fazendo comentários inapropriados em suas transmissões ao vivo e mensagens privadas e expressando desejo de um relacionamento amoroso. Também passou a mandar mensagens inoportunas a uma amiga dela, também profissional da área.
Ao não ser correspondido, entrou em contato com o Conselho Regional de Psicologia (CRP), alegando ter recebido um atendimento inadequado e enviou diversos e-mails ao conselho com o objetivo de prejudicar o registro profissional da jovem.
AMEAÇAS
No início deste mês, a situação se agravou quando o assediador fez uma ameaça à psicóloga por meio de um número de telefone diferente do primeiro, que já estava bloqueado.
O homem teria dito frases como “se você sair viva dessa, vai poder contar história” e “quero morrer e ser enterrado em Marília e tu vai comigo kkk”.
Com medo das ameaças, as profissionais – que trabalham juntas nas transmissões ao vivo – bloquearam o homem em todos os canais de comunicação. No entanto, ele continuou a perseguir a amiga, fazendo ligações e a adicionando em grupos de WhatsApp, por exemplo.
O caso agora está sob análise da Polícia Civil, que investigará as denúncias e poderá levar o caso à Justiça, após representação.
É CRIME
O crime de perseguição, conhecido como stalking, está previsto no Art. 147-A do Código Penal. A lei pune quem persegue outra pessoa reiteradamente, por qualquer meio, causando-lhe medo, sofrimento emocional, constrangimento ou humilhação ou perturbando sua paz.
Crimes de stalking ou perseguição têm ganhado cada vez mais notoriedade. São dezenas de relatos cotidianos, principalmente, envolvendo vítimas famosas. Recentemente, uma minissérie sobre o tema foi lançada na plataforma de streaming Netflix, com o título Bebê Rena.