Consequências de homicídio podem afetar acusados de compartilhar imagens íntimas
A Polícia Civil de Garça investiga, como prioridade, as motivações da morte de Gabriel Henrique Scarrella de Souza, de apenas 18 anos. Ele foi brutalmente espancado e assassinado nesta segunda-feira (24) dentro da própria casa, no bairro Vila Cavalcante. O corpo do jovem será sepultado nesta terça-feira (25), no cemitério Santa Faustina.
A barbárie do crime não impede, porém, que os desdobramentos da investigação gerem novas apurações e as responsabilidades – por crimes cibernéticos – recaiam sobre as pessoas envolvidas no vazamento de imagens íntimas da ex-namorada do jovem.
O crime de homicídio, presenciado por familiares da vítima, inclusive crianças, chocou os moradores da cidade. Os dois assassinos confessos de Gabriel seguem presos e devem ser submetidos nesta terça-feira (25) à audiência de custódia, quando a Justiça vai determinar se eles continuarão atrás das grades.
O delegado responsável pelo caso, Adriano Marreiro, explica que além das prisões dos homens identificados, a polícia tem a necessidade de confirmar as alegações.
Os irmãos Reinaldo Trindade dos Santos, de 34 anos, e Reginaldo Trindade dos Santos, 36, disseram ter agido por vingança. Reginaldo afirmou ter cometido o homicídio após descobrir que a vítima havia filmado e divulgado imagens de sua filha em relações sexuais.
Inicialmente, o caso é tratado como homicídio triplamente qualificado. Há entendimento da polícia de que foi cometido por meio cruel, motivo fútil e com emboscada, sem nenhuma chance e defesa da vítima.
GRAVAÇÕES ÍNTIMAS
No total, nove celulares foram apreendidos pela polícia. Entre eles estão dois aparelhos dos autores do homicídio, um da jovem que teria sido exposta em gravações e os demais de pessoas relacionadas ao jovem assassinado.
Além da troca de mensagens e conteúdo gravado nos aparelhos, a polícia vai apurar também os conteúdos de redes sociais, com ofensas mútuas que teriam antecedido ao bárbaro crime.