Núcleo de Apoio Humanitário registra aumento de 30,8% no número de atendimentos
De janeiro a maio deste ano, 314 imigrantes receberam acolhimento, atendimento médico, além de serviços jurídicos, de educação, assistência social e integração cultural, 30,8% a mais que o total registrado nos 12 meses do ano passado.
De acordo com dados da Prefeitura de Marília, a Cidade Símbolo de Amor e Liberdade, localizada no centro-oeste paulista e distante 443 quilômetros da capital, tem sido destino para muitos imigrantes interessados em recomeçar a vida.
Reconhecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como uma das 50 melhores cidades do Brasil para morar evidentemente pela qualidade de vida e infraestrutura social, comercial, industrial, turística e educacional que oferece e que eleva o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (IDH), Marília tem sido o ponto inicial para uma nova vida de muitos venezuelanos, haitianos, colombianos, argentinos, egípcios, espanhóis (das Ilhas Canárias), afegãos e até sírios – que fugiram de ataques do Estado Islâmico, entre outras nacionalidades.
A informação é do Núcleo de Apoio Humanitário mantido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos com total apoio da Prefeitura de Marília, justamente para oferecer auxílios para garantia de direitos e integração dos migrantes internos ou imigrantes vindos de outros países, até mesmo refugiados.
A secretária municipal dos Direitos Humanos, Wania Lombardi, explica que o Núcleo de Apoio Humanitário tem objetivo essencial de prestar serviços de assessoria com parcerias intersetoriais, apoiada pelas Secretarias Municipais de Assistência Social e da Saúde, justamente para oferecer auxílio para garantia de direitos e integração do migrante e imigrante vindo de outros países, principalmente, neste momento em que existem guerras e muitas famílias ficam desamparadas socialmente e procuram ajuda de familiares e do Poder Público.
“É importante ressaltar que a secretaria de Direitos Humanos tem em seu fluxograma núcleos para oferecer assistência e criar parcerias para socorrer essas pessoas. Temos esse núcleo que oferece Apoio Humanitário; mas também contamos com o de Difusão de Direitos Humanos; de Inclusão Digital, o de Libras, de Fiscalização, Avaliação e Monitoramentos de Denúncias (disque 100/ ligue 180) e ainda o de Pessoa com Deficiência. Todos mantidos pela Prefeitura Municipal de Marília”, explica Wania Lombardi.
MÉDIA DE CADASTROS
O Núcleo de Apoio Humanitário tem sido muito procurado por oferecer assistência aos povos originários com apoio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), mas atende também imigrantes e refugiados.
“Atualmente, temos atendido imigrantes de 28 nacionalidades, uma média de 15 acolhimentos por dia. Essas pessoas chegam em Marília através de entidades de classe ou ONGs assistenciais. A maioria vem com referência familiar ou comercial e procuram a Secretaria Municipal de Direitos Humanos para regularizar documentos e serem direcionadas para apoios psicológicos e para aprender o idioma (portugues brasileiro). Para isso contamos com o apoio da Unesp Marília”, explica a encarregada do Núcleo de Apoio Humanitário, Regina Célia Duarte.
De acordo com ela, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Marília ainda não recebeu nenhum caso de imigrantes refugiados desabrigados, mas a procura tem sido muito grande na comparação com o ano passado. “Em 2023 realizamos exatos 240 atendimentos, já este ano, de janeiro a maio, foram registrados 314, ou seja, 30,8% a mais que o total registrado nos 12 meses de 2023”, revela Regina Célia.
O prefeito Daniel Alonso (PL) salienta que Marília faz parte da rede de apoio aos imigrantes e através das Secretarias Municipais dos Direitos Humanos e Assistência Social, continuará acolhendo pessoas e oferecendo rede de apoio para garantir integridade física, psicológica e humanitária. “Nosso objetivo é disponibilizar atendimento médico, jurídico, educacional, alimentação e moradia e integração cultural. Vamos manter o nosso lema de ser uma Cidade Símbolo de Amor e Liberdade”, afirmou Daniel Alonso.