Greve na Renault do Paraná paralisa a produção de 7.200 carros
A produção da Renault na fábrica de São José dos Pinhais (PR) está suspensa por tempo indeterminado por causa de uma greve que já dura 15 dias e não tem prazo para acabar.
A estimativa é de 7.200 veículos deixaram de ser produzidos desde 7 de maio, quando os metalúrgicos iniciaram a paralisação. A unidade, conhecida como Complexo Ayrton Senna, é responsável pela produção dos modelos Kwid, Stepway, Kardian, Oroch e Duster.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, uma nova assembleia está marcada para as 14h desta terça-feira (21) com os trabalhadores.
Na última sexta-feira (17) o TRT-9 (Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região) determinou multa de R$ 100 mil por dia de greve ao sindicato. Os metalúrgicos reivindicam mais segurança na linha de produção e melhoria da proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e Data Base.
O sindicato propõe a contratação de, pelo menos, um trabalhador absenteísta por linha de produção e setor, para auxiliar no revezamento e baixar a sobrecarga de trabalho. Os trabalhadores da Horse, fornecedora de motores para a montadora francesa, também seguem em greve.
Em São Paulo, os trabalhadores da GM (General Motors), em São José dos Campos, rejeitaram nesta terça (21) a proposta de PLR apresentada pela montadora. Uma nova assembleia será realizada às 14 horas, com o segundo turno, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
A GM ofereceu PLR de R$ 17.028, valor abaixo do reivindicado pelos metalúrgicos e inferior ao do ano passado. Em 2023, a montadora pagou R$ 18.008, que também incluía o abono.
Desde 7 de maio, quando os operários aprovaram a pauta de reivindicações em assembleia, o sindicato já se reuniu quatro vezes com a direção da empresa, mas há um impasse relacionado a metas e valores.
Uma nova rodada de negociação entre Sindicato e GM está marcada para esta quarta-feira (22). Os trabalhadores exigem, além da PLR maior, que o pagamento da primeira parcela seja feito ainda em maio.
“Os metalúrgicos da GM não aceitam metas abusivas e rebaixamento do valor. A assembleia de hoje demonstrou que os trabalhadores estão dispostos a ir à luta”, afirma o vice-presidente do sindicato, Valmir Mariano.
CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL PARALISAM PRODUÇÃO EM SP
Nesta segunda-feira (20), três fábricas da Volkswagen em São Paulo paralisaram sua produção para mitigar o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul na produção do veículos.
Segundo a montadora, alguns fornecedores de peças, com fábricas instaladas no estado, estão impossibilitados de produzir.
A paralisação afeta as fábricas da Anchieta, em São Bernardo do Campo (ABC), Taubaté e São Carlos. A unidade do Paraná, em São José dos Pinhais, segue produzindo normalmente até o momento.
A fábrica de Anchieta produz os modelos Nivus, Virtus, Polo e Saveiro e terá 4.000 metalúrgicos em férias coletivas até 3 de junho. Pelo mesmo período ficam parados os 1.800 funcionários de Taubaté, unidade responsável pela fabricação do Polo Track e que terá um novo SUV compacto a ser lançado no mercado em 2025.
Como as duas fábricas não produzirão pelos próximos dias, a montagem em Ibaté, cidade ao lado de São Carlos, no interior do estado de São Paulo, será afetada, reduzindo o funcionamento da unidade de três para um turno de produção.
Em São Carlos, onde são fabricados os motores da Volks, 327 metalúrgicos estão em féria coletivas por 11 dias.
As fortes chuvas no estado impactaram também a Argentina. Em Córdoba, a Stellantis suspendeu a produção do Fiat Cronos, que depende de peças e componentes importados do Brasil.
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POR ANA PAULA BRANCO