Ministério Público denúncia advogada acusada de tráfico de drogas em Marília
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou um casal formado por uma advogada de 27 anos e um entregador de 30 anos, apontados por envolvimento com o tráfico de drogas.
Os dois foram presos em flagrante durante ação realizada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) no final de fevereiro. Apesar disso, apenas o homem permanece preso. A namorada responde ao processo em liberdade.
Segundo a denúncia do promotor Gilson César Augusto da Silva, os denunciados guardavam para fins de tráfico duas porções de maconha, quatro porções de haxixe, um comprimido de ecstasy e 71 comprimidos de MDA, substâncias entorpecentes que determinam dependência física e psíquica.
A operação da DIG foi realizada em 28 de fevereiro deste ano, por volta das 9h30, na avenida Alcides Lajes Magalhães, no Jardim Acapulco, nas imediações de uma faculdade.
Além das drogas, os policiais civis também encontraram duas balanças de precisão e diversos saquinhos plásticos transparentes vazios com fechamento “zip lock” no imóvel.
Segundo a denúncia do MP, foi apurado que os denunciados mantinham uma associação destinada à promoção do tráfico de drogas entre si para comercialização na cidade de Marília, de modo que realizavam a venda do entorpecente no local dos fatos.
Ao que consta na queixa, policiais civis receberam informações que dava conta de que o entregador, reincidente no crime, estaria guardando entorpecentes na sua residência. Foi requerida e autorizada a realização de busca no local. Na ocasião, os policiais foram recebidos pelo casal.
Na sala, os agentes encontraram uma pochete, que estava em cima de um colchão estendido no chão, com duas porções de maconha. Em seguida, no armário da cozinha, no armário, acharam quatro porções de haxixe, uma pequena porção de ecstasy, duas balanças de precisão, diversos saquinhos plásticos transparentes vazios com fechamento “zip lock” e um pote de vidro com 71 porções de MDA.
“Indagados, admitiram aos investigadores que os entorpecentes apreendidos lhes pertenciam e que seriam consumidos por eles. As circunstâncias em que os autores foram abordados, somadas às informações prévias e à efetiva apreensão de grande quantidade e diversidade de entorpecentes, indicam que estavam praticando o tráfico de drogas de forma associada no local”, afirma o promotor na denúncia.
A associação para o tráfico também foi apontada pelo MP, diante da suposta divisão de tarefas entre os envolvidos. Conforme o documento, o entregador estaria sendo auxiliado pela advogada, estudante universitária, que seria o “elo” entre o traficante e seu público-alvo.
Além do flagrante, havia contra o homem um mandado de prisão expedido pela Justiça de Ilha Bela, por condenação de cinco anos de prisão em regime semiaberto, por envolvimento com o tráfico de drogas.
Apesar de a acusada ter sido liberada na audiência de custódia, foram impostas medidas cautelares. A advogada precisa comparecer mensalmente ao Fórum, para justificar suas atividades e atualizar endereço, telefone e endereço de e-mail.
A mulher está proibida de se ausentar de Marília por mais de oito dias sem prévia autorização e tem obrigação de comparecer a todos os atos do processo, sempre que intimada. Se descumprir, pode ter o benefício revogado.